A morte é um evento inevitável e natural que, curiosamente é rejeitada por muitos a tal ponto de negá-la.
Certa vez, um amigo que trabalhava com seguros, ao evidenciar a solução de seu problema na eventualidade da morte de um cliente escutou: -“Eu não vou morrer!”.
Se a morte, evento natural e inevitável é tão facilmente rejeitada como possibilidade ou alvo de reflexão humana, como podemos nos surpreender com a postura negacionista a respeito de coisas menos triviais como os incentivos do livre mercado?
Mas para não descambar ainda mais pra filosofia voltarei ao assunto principal, que não é a morte, mas o risco.
O risco de não passar na prova, o risco da rejeição, o risco da demissão, risco de falhar, enfim, risco de algo dar errado.
Se absolutamente tudo que fazemos está sujeito ao risco de dar errado, como podemos esperar que algo dê certo sem corrermos risco?
Quem faz falha, isso é inevitável. Se você está falhando é porque está fazendo algo diferente ou a mais do que costumava fazer.
Se você investe é óbvio que perdera dinheiro, esse é o risco que corremos para ganhar. Logo quem não investe não corre risco mas também não ganha.
Risco não pode ser impedido, mas pode ser gerenciado. Se perder deverá perder menos do que ganha, se empreender deve compreender e aceitar a possibilidade de falhar, se escolher uma carreira deve saber que ela poderá ser interrompida de súbito.
E quanto à morte?
A morte é natural e inevitável. Mas você pode cuidar para que, quando morrer, tudo esteja como você queria deixar.
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