Quando normalizamos uma vida sem aqueles sonhos que fazem cócegas na alma e no coração, nos limitamos a navegar no desânimo, nessa superfície onde os sonhos e as segundas chances já não cabem em nosso dia a dia certamente a vida se torna muito mais difícil que imaginamos.
Viver sem alegria é como existir sem sentir as batidas do próprio coração, o impulso das expectativas, a força da esperança diária.
Muito além do que podemos acreditar, há muitas pessoas que normalizam essa deficiência, limitando-se ao desânimo crônico.
Elas sabem que algo está faltando, mas, no final, muitos se acostumam com esse vazio, talvez supondo que haja trens que não tornarão a passar ou para os quais não terão o bilhete de embarque para encontra a felicidade de reencontra novamente aquela alegria.
A alegria é um sentimento que nem sempre é bem compreendido por todos , porém no entanto para quem senti é um ótimo remédio para saúde mental.
Nós a associamos com a saúde emocional, o riso, o movimento e a conexão com a nossa família e amigos por meio de momentos agradáveis.
Agora, é importante ressaltar que essa dimensão tão humana vai muito além disso. Johnmarshall Reeve, professor de psicologia positiva da Universidade de Melbourne, explica em seu livro – Motivação e Emoção – que alegria é sinônimo de Pensar no bem-estar psicológico.
Podemos vivê-la diariamente de forma simples, basta desfrutar do que fazemos, do que somos e do que temos. Graças a esse sentimento, a nossa memória melhora, cuidamos da nossa flexibilidade cognitiva e até incentivamos a criatividade e moldamos soluções mais inovadoras para os problemas.
O que acontece, então, quando essa dimensão está em falta?
O que acontece quando não sentimos mais alegria? Basicamente, abandonamos uma parte essencial de nós mesmos, onde estão reunidas a autoestima, a identidade e a nossa capacidade de sermos felizes.“
Os melhores médicos do mundo são: Dr. Alegria e Dr. Tranquilidade”. Frase do pensador Jonathan Swift
Viver sem alegria, uma doença silenciosa que mata aso poucos a nossa esperança de viver. Há um velho ditado que diz que a alegria é o ingrediente principal do composto da saúde.
Não é um erro. Há pouco tempo foi publicada uma pesquisa feita por Gallup sobre o estado emocional da população mundial, onde países como Estados Unidos e Grécia, por exemplo, revelaram que mais de 50% de sua população se sente estressada, ansiosa e com a sensação clara de ter perdido a alegria para a depressão , e estão altamente infectados pela baixa estima , o que geram um absoluto desamino na vida de fazer as coisas mais simples. Além disso, um terço da população nessas regiões relata sentir raiva e irritação constantes.
Tudo isso prejudica a saúde mental. Esse nível de estresse e essa insatisfação emocional muitas vezes se traduzem em problemas cardiovasculares, um sistema imunológico enfraquecido, doenças psicossomáticas,doenças imunológicas etc.
Viver sem alegria não é um bom cenário para o bem-estar humano , no entanto, parece que a cada dia essa falta se torna mais evidente.
Agora, qual é a razão por trás desta realidade psicológica tão impactante? A pesquisa Gallup sugere que existem vários elementos que contribuem para esse fato.
Podemos salientar aqui por exemplo as Dimensões ‘macro’ que fazem uma sociedade viver sem alegria.
O termo “macro” se refere à entidade mais ampla que abrange a esfera social, política e econômica. Essas macroestruturas, gostemos ou não, têm um impacto direto sobre nós. E fazem isso de diferentes maneiras: de sermos e agimos em situações diferentes do nosso cotidiano.
Com isso é nítido que teremos a seguintes sequelas social como por exemplo.
Podemos nos Limitar nosso senso de liberdade. Vetando o nosso progresso pessoal, dificultando o acesso a empregos de qualidade, moradia e a nossa realização.
Gerando desconfiança. Hoje, a população não confia mais nos políticos ou na economia ,nem mesmo em seus país.
A incerteza parece permear tudo.
Viver sem alegria responde, na maior parte, a esses processos ‘micro’ em que nós próprios somos os únicos responsáveis por encontra algo que nos traga aquela alegria saudável gostosa que só a vida pode nos proporciona de forma bela e atraente envolvente. Perdemos o impulso dos sonhos e a efusividade pela vida quando não temos ferramentas para administrar o desânimo, quando permitimos que o estresse assuma o controle total.
Você abandona a sua alegria quando opta por se posicionar na imobilidade. Quando não reage ao que não gosta. Quando não se atreve a promover mudanças no momento em que surgem a infelicidade, a frustração e a decepção.
A alegria se apaga quando convivemos com pessoas que limitam o nosso crescimento pessoal, onde o carinho não é sincero, onde não há respeito ou não se cria uma sensação de bem-estar ao compartilhar a vida, espaços ou projetos comuns.
Fatores como solidão, falta de propósitos, de esperança, além da baixa autoestima, também influenciam esse sentimento.
Habacuque escreveu versículos sobre alegria que se tornariam em belas canções:
“Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.” (Habacuque 3:17,18)
Mas quem sabe , você meu leitor (a) esta se perguntado mais o pensador como podemos fazer para recuperar a alegria?
Viver sem alegria é nos limitarmos a sobreviver com muita dificuldade, sem entusiasmo, motivação, energia… Esses estados, sem dúvida, podem nos levar à frustração, aquele sentimento intermediário entre a raiva e a tristeza que tanto custa administrar. Ninguém merece esse tipo de realidade.
Para enfrentá-lo, um primeiro detalhe. Vamos assumir que, de certa forma, não podemos fazer nada sobre as condições “macro”. A economia, a política, os assuntos sociais nem sempre estão sob o nosso controle. No entanto, a dimensão ‘micro’ nos pertence, somos os donos e senhores dos microuniversos pessoais onde podemos fazer pequenas mudanças que se revertam para o nosso bem-estar.
A alegria pode ser recuperada assumindo novos objetivos, mudando cenários e até mesmo pessoas como renovar o nosso circulo de amizades com pessoas inteligentes e positivas que nos traga uma visão panorâmica diferente da vida .
O ser humano pode recomeçar quantas vezes julgar necessário, e a cada mudança deve se aproximar da sua melhor versão, para se sintonizar com as suas verdadeiras necessidades e objetivos vitais.
Num dos mais belos versículos sobre alegria, Isaías nos ensina que nossa alegria deve estar exclusivamente no Senhor, que nos salvou, nos livrando morte e do sofrimento eternos:
“Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus; (Isaías 61:10)
Eu pensador quero ser categórico em dizer que a alegria não chega com um prêmio de loteria nem depende de bens materiais e muito menos de uma mulher formosa e bela . A alegria é, antes de tudo, a satisfação pessoal, o bem-estar que surge quando fazemos o que gostamos, quando a autoestima é forte e continuamos a manter a curiosidade e a capacidade de assombro de uma criança quando esta se conhecendo e conhecendo as coisas belas que só a vida pode nos proporciona.
Indo para o livro de Provérbios, aprendemos que aquilo que esperamos é alegria, é algo bom, ou seja, os que são salvos esperam por coisas boas:
“A esperança dos justos é alegria, mas a expectação dos perversos perecerá.” (Provérbios 10:28)
Dessarte , portanto , devemos lembrar que esse sentimento cresce e se expande quando nos sentimos apoiados e amados por pessoas queridas , e quando encontramos pessoas agradáveis que facilitam a convivência. Não hesitemos, portanto, em promover as mudanças que julgarmos necessárias para tentar fazer com que este sentimento essencial encontre morada dentro de nós.
Também aprendemos que a nossa tristeza é passageira, e sempre é sobreposta pela alegria que o Senhor nos dá:
“Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” (Salmos 30:5)