Nós, pensando como pseudo-humanos, achamos que somos muito superiores e importantes em comparação ao “restante” do mundo (do universo) e de todos os seres que julgamos conhecer. No entanto, não passamos de uma sub-humanidade, porque só sabemos observar, analisar, estudar, julgar o que há fora de nós mesmos, sem nunca nos incluirmos como coparticipantes e corresponsáveis pelo que acontece ao nosso redor.
O homem esquece com facilidade que ele não é o único que vive nessas paragens. Quando simplificamos demais a forma de ver a vida, nós deixamos de entender que a humanidade é muito maior do que dizemos, vemos, sentimos, racionalizamos, de forma limitada, o que há fora de nós mesmos. A ideia de “eu e os outros”; “eu e a natureza”, é uma preconcepção que apenas nos separa da essência transcendental da vida. A conexão harmoniosa com a fonte de energia universal, é o que nos mantém vivos e plenos de saúde física e espiritual. Com nossa cegueira para ver e a falta de amor para sentir o que nos cerca, vamos matando ou “comendo” literalmente, dia a dia o que ainda resta do planeta, sem perceber que estamos nos matando também, do mesmo jeito.
Caso fizéssemos uma comparação, a ideia da humanidade hoje, em relação à natureza, continua a mesma de quando os europeus saíram de onde estavam, os quais achavam-se que eram uma humanidade esclarecida e evoluída, superior, com uma luz incrível, para “colonizarem o restante do mundo”, o qual era formado por uma humanidade obscurecida, atrasada, vivendo nas trevas. Poderíamos citar também, as teorias físicas que houveram no passado, para discernir se a Terra era ou não, o centro do Universo. Podemos ver que sempre houve alguém se achando mais superior em relação aos outros, mesmo não estando certo.
Voltando à atualidade, temos um monte de instituições consolidadas, desde universidades as mais renomadas, à órgãos internacionais, tais como Banco Mundial, Fundo Internacional, Organização das Nações Unidas, entre outras, as quais ditam quase tudo em nossas vidas diárias. Estabelecem o que devemos estudar e aprender, como devemos viver em sociedade e trabalhar, qual alimento, roupa, e outros bens devemos possuir e/ou consumir. Isso tudo, apenas, para integrarmos o clube da humanidade moderna ou pós-moderna já que, a era da informação (desinformação) e tecnologia, suplantou a era industrial.
No entanto, quanto mais seguimos a moda que nos é imposta pela globalização, mais limitados, alienados e aprisionados ficamos, em nossa capacidade de ação, criação, invenção e de existência. E o mais engraçado é que, quanto mais seguimos as recomendações das agências de saúde, economia, educação, e não sei mais lá o quê, mais doentes, pobres e ignorantes ficamos. Nem tudo o que é dito é verdadeiro e, nem tudo o que é verdade é dito, em diversos assuntos prioritários para nosso sucesso (econômico, social-cultural, espiritual).