Somos fruto da linguagem

Somos fruto da linguagem

Nós somos fruto das interações sociais entre a cultura, os diferentes grupos enquanto parte do meio.
As linguagens utilizadas pelos grupos, principalmente o familiar, ao longo da existência do mundo definiram a criação das sociedades e diferentes formas de construir espaços novos, crescendo exponencialmente após a globalização.
Somos parte de diferentes culturas, e, as linguagens definem nosso modo de se vestir, se comunicar e interagir com o próximo.

Em nossa passagem por este mundo sem piedade, todas as nossas ações resultam na edificação do que somos. Do mesmo modo, ocorre semelhante fato com os sentimentos que habitam em nós e que os expressamos bem ou mal por via da linguagem. Conforme ilustração, se me demonstro para o mundo como um prego podemos concluir que ser martelado seria minha sina ou meu perfeito encaixe. Diz-se bem ou mal devido ao modo como tais expressões são recepcionadas por quem as ouve ou percebe. Pessoas mais sensitivas acolhem de modo infinitamente distinto de quem tem uma mentalidade mais endurecida.

Ao passo que me manifesto nesta realidade com meus desejos, aspirações, sonhos e verdades subjetivas ou dogmáticas, automaticamente torno-me responsável pelos atos que professo. Independentemente de eu ser uma pessoa de boa índole ou não, estarei sempre a procura do bem individual que me compete. Está, portanto, descartada a possibilidade de que as pessoas sejam más devido ao fato de buscarem sempre o bem para si. O problema reside no fato do “choque de vontades” entre os indivíduos, pois o que é absolutamente bom para uma pessoa pode ser totalmente prejudicial para outra.

A intersubjetividade é o caminho para a edificação integral do ser. E é somente por via dela que há a possibilidade de crescimento e desenvolvimento. Enfim, a imprevisibilidade do futuro é a garantia de a vida continuar tendo sentido e fundamento e é por isso que seremos aquilo que escolhermos ser, porém as interações com o meio em que habitamos (ex: família) podem nos conduzir a prisões perpétuas expressas na linguagem que nos determina como sujeito para o mundo.

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