Em geral nos percebemos como seres repletos de defeitos e erros, começamos o próprio julgamento na aparência e o estendemos por todo nosso ser.
Por vezes nos sentimos um pedacinho de confusão andando pelo mundo, cheios de dúvidas, de conceitos e preconceitos, nos percebemos sábios e equivocados, evoluídos e atrasados, mas em eterna transformação.
Como renascedores, renascemos desde a hora do acordar e somos a energia necessária para cada dia vivido. Temos tantas histórias de vida que parecemos centenários desde muito jovens. E ainda somos a continuação da história de outros, pedacinhos de histórias diversas quer seja de amigos ou conhecidos. Belos quando vistos por aqueles que nos amam e estranhos quando olhados com a estranheza de outros corações.
Somos sementes e somos flores, troca e doação, presença e ausência, breves capítulos de livros. Somos mesmo extraordinários.
Em geral essa consciência vem num tempo já tardio onde não aproveitamos com sabedoria essa capacidade transformadora de viver um dia de cada vez. Em geral viramos história para o outro, sem perceber que o protagonista éramos nós e nossas inquietações o tempo todo.
Passamos a vida na busca de uma constância desnecessária, de terapias modificadoras de nossa essência, tentando renovar significados, mudar o nosso jeito, enfim, a busca de uma perfeição desnecessária.
Somos tal como a terra que entende de transformação, de milagres e mudanças. Visitantes da vida com hora marcada para chegar e para partir, somos apenas um detalhe neste mundo de Deus, mas um detalhe único.
Assim, precisamos parar de cutucar velhas feridas, precisamos dar vez e voz a nossa capacidade de ser história bendita, nos vestir de boas palavras e prestigiar a vida que nos faz o que somos, seres extraordinários.
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