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Ser ou ter? O que cada um prefere?

A ponderação sobre o que é certo e o que é errado varia de pessoa para pessoa numa sociedade. Isso ocorre porque há um conjunto de fatores envolvidos: a cultura recebida, o conhecimento aprendido e praticado (educação); os exemplos observados (como os pais); as crenças pré-concebidas (religião); as experiências marcantes vivenciadas; entre inúmeros outros (aspectos sociais, econômicos).

Um exemplo dos milhares existentes seria o corte de uma árvore. Isso pode ser totalmente normal para uma pessoa que depende dessa forma de exploração para viver e não conhece ou, não quer fazer, outra forma naquele determinado tempo e espaço, para sustentar-se. No entanto, esse mesmo ato para um ambientalista radical, pode soar como um dos crimes mais bárbaros e hediondos que há sobre a face dessa Terra. Podemos ver assim, que o conceito de certo e errado sobre uma situação qualquer está muito relacionado por quem vê e como é visto.

            Tudo na nossa vida é pautado por uma dualidade intrigante e curiosa: bem/mal; sadio/doente; luz/escuridão; frio/calor; ordem/desordem; felicidade/tristeza; honestidade/desonestidade e assim infinitamente. É portanto, um equívoco dizermos que possuímos vários caminhos a seguir. Podemos sim, ter várias escalas, degraus ou gradações dentro de um caminho, mas só há dois principais, básicos. Há vários tons de cinza, mas são todos escuros. Assim é a desonestidade, não existe “roubo pequeno” e “roubo grande”, tudo é roubo. Tanto faz, que o furto seja de 1 real ou de 1 milhão de reais.

            A natureza também é assim, ou a tratamos bem, ou mal, não existe meio termo. E no mais, a natureza não produzirá nunca além do que ela é capaz, independente do que o homem faça através de máquinas, adubos químicos solúveis, sementes transgênicas e agrotóxicos. O que seria mais vantajoso? Cuidarmos da fertilidade permanente do solo e produzirmos 100 sacas de milho por hectare no mesmo terreno para sempre? Ou produzirmos 150 ou mais sacas de milho, sem cuidar nada do solo e em 10 anos não conseguirmos produzir nem 50? É ilusão pensarmos que uma produção cada vez maior acontecerá sem gasto energético do agroecossistema para compensar esse acréscimo produtivo. À curto prazo haverá frustração de safra por falta de suporte dos recursos naturais gastos e não renovados.

            O que o ser humano prefere mais? Ser o que ele é de verdade, sem vaidades ou fingimentos, sendo o melhor no que ele mais gosta e adora fazer!? Ou apenas ter e acumular riquezas deixando de viver e de contribuir para o bem de todos!? A ciência comprova que quase todo câncer numa pessoa está relacionado a alguma área da vida não resolvida ou aceita. O dinheiro é apenas uma moeda de troca, que permite facilidade e não felicidade. Ele não é um fim em si mesmo e sim, apenas um meio para obter-se algo. O dinheiro não corrompe, mas potencializa o que já está na pessoa, seja bondade ou maldade. Portanto, ser guardador é diferente de ser poupador. Este último sabe o que fazer com o seu tesouro, enquanto o primeiro apenas acumula, podendo tornar-se infeliz.

            O comportamento de autenticidade, integridade (física e moral), honestidade e humildade, pensamento ao próximo e cuidados com a natureza, é visto muitas vezes, como engraçado, ridículo, retrógrado, estranho, embaraçoso, quando deveria servir de exemplo. Por outro lado, a trapaça, a poluição e a enganação, parece serem as condutas mais corretas. No entanto, quem quer ser de verdade, não será alienado, pois vai querer honrar com toda a força e determinação o que possui de mais valioso nessa vida, que é a si mesmo e a sua própria individualidade (e não o individualismo que gera o egoísmo).

Leia nossa indicação e post “É possível chegar a perfeição do ser humano?”

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