Ritos de passagem

Ritos de passagem

Mario Sergio Cortella e um de seus excelentes textos sobre “Ritos de passagem”.

Na história da humanidade nunca deixamos de ter ritos de passagem, isto é, percepções de que há situações na vida em que ciclos se fecham, seja um fim de semana, fim de ano, fim de século, seja a passagem, por exemplo, da infância para a adolescência; a ideia de casamento, entre outras.

O rito de passagem é aquele que supomos nos preparar para uma nova etapa. Por exemplo, no mundo acadêmico é receber um título, um diploma, a defesa de dissertação ou tese. Nos países ocidentais, comemoramos ritos de passagem especialmente no fim de ano. E para se candidatar à nova condição é muito usual que em ritos de passagem se use a cor branca. No senado romano se usava, no noivado se usa e na virada de um ano para outro também usamos o branco. Uma das maneiras de dizer “branco” em latim é “candidus“. Quem é candidato precisa demonstrar como cândida a sua pureza, sua disposição para um novo modo de ser, por exemplo, o branco como aquele que recebe todas as possibilidades de outras cores.

Nesse sentido, o branco é a ideia de renovação, seja no mundo acadêmico, no mundo do trabalho, em alguns países até no luto, em que a cor é o branco e não o preto, porque significa a passagem para outra condição.

A nossa ideia é que se acaba e começa de novo, pode e será melhor.

Isso, sim, é boa passagem.

Mario Sergio Cortella

 

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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.

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