Fulano queria andar a cavalo, mas Ciclano achava perigoso e não deixava fulano andar. Fulano queria conhecer o mar, mas Ciclano não queria viajar. Fulano queria sair com os amigos, mas Ciclano sempre reclamava. Fulano queria sair segunda, mas Ciclano queria terça, então sairiam terça. Fulano queria amar, mas Ciclano queria jogar. Fulano queria explicações mas Ciclano não queria se explicar, então colocou a culpa em Fulano, que achou que era culpado e acabou se explicando.
Fulano queria ver Ciclano mas Ciclano foi andar a cavalo com seus amigos na terça que havia marcado com Fulano. Mas para parecer honesto Ciclano chamou Fulano para o acompanhar. Os amigos de Ciclano o chamaram para viajar, queriam conhecer o mar, então Ciclano conheceu o mar. Tirou uma foto com seus amigos para recordar. Quando Fulano viu a foto, para disfarçar, Ciclano solta palavras bonitas que somem com o vento.
Fulano, enquanto Ciclano se divertia com os amigos, refletia sobre a vida. Então Fulano decidiu amar, viajar, conhecer o mar, se amar. Fulano não era perfeito mas não era Ciclano.
O texto acima mostra a realidade de muitas relações, quando um deixa de existir para viver o outro, produzindo milhares de insatisfações, deixando a relação doentia. Sabe-se que em uma relação ceder as vezes é o melhor “remédio”, o problema não é ceder as vezes, mas acostumar com a situação acreditando que é o certo e sempre suprir o capricho do outro. Para uma relação saudável é preciso de reciprocidade, entender que o outro também tem voz, que o diálogo deve ser constante e a relação construída dia a dia.
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