Eu vejo o sentido do trabalho como um conceito complexo e que envolve um sistema dinâmico e multidimensional de padrões de valores individuais e sociais.
Valores e crenças sobre quais meios e fins são preferíveis do ponto de vista pessoal ou social, estabelecendo assim aquilo que se considera bom ou ruim, desejável ou indesejável, o que merece ou não o investimento de nosso esforço e energia.
Penso o tema trabalho, vendo a centralidade dele para as pessoas, comparativamente a outros domínios da vida, como a família e o lazer, as normas sociais, sobre direitos e deveres do indivíduo, a importância relativa das recompensas tangíveis e intangíveis obtidas, e a identificação do indivíduo com os diferentes papéis que exerce.
Todas essas dimensões seriam influenciadas tanto por fatores sociais como por características individuais, e ainda pelas experiências vivenciadas no trabalho ao longo do tempo.
Sendo historicamente e culturalmente relativo, o sentido do trabalho pode variar para um mesmo indivíduo ou coletividade ao longo do tempo, e entre pessoas ou grupos em um dado momento histórico.
O trabalho, propriamente dito, sofreu consideráveis transformações ao longo do tempo. Com o desenvolvimento e a incorporação de novas ferramentas e técnicas, o trabalho foi transferido, em grande escala, das mãos para as mentes.
O que eu estou tentando dizer é que, apesar de ser dinâmico em sua essência, e construído socialmente ao longo de diferentes experiências associadas ao universo ocupacional, eu acredito que o sentido do trabalho para as pessoas tenha relativa estabilidade e esteja também associado aos seus valores em outras esferas da vida.
Creio que vocês concordam comigo, que do ponto de vista individual, o sentido do trabalho estabelece as bases sobre as quais se edificam princípios e preferências dos trabalhadores em relação à esfera ocupacional, sendo também um elemento formador de objetivos, escolhas e atitudes em relação à carreira.
– Haja equilíbrio emocional para tamanha readaptação ao mercado de trabalho!
