A razão pelo qual nos sentimos atraídos por alguém não se resume apenas ao facto de ela se encaixar num determinado padrão de beleza que nós idealizamos numa pessoa ou pela sua filosofia de vida, essa atração que muitas vezes a caracterizamos por algo sem explicação assenta em algo muito inconsciente e profundo que ambas as pessoas não conseguem entender de caras, essa coisa é a dor que ambas partilham e que por ser a mesma se reconhecem em sua ressonância.
É por isso que com o tempo e a convivência percebemos que aquilo que nos atraia inicialmente deixa aos poucos de ter a mesma intensidade isto acontece porque processos de transformação e de consciência acontecem por meio desse relacionamento e à medida que ambos vão olhando para as suas dores e se curando aquela pessoa vai deixando de ter a mesma intensidade e impacto em nós.
Tudo na vida serve a um propósito maior e esse propósito é sempre a nossa evolução e o caminho de volta a quem nós somos de verdade.
O amor verdadeiro acontece quando ambos se ajudam nessa caminhada de evolução e impulsionam um ao outro a se empoderarem e a serem quem são sem medos, neste tipo de amor ambos cedem o seu poder para melhorar o outro sem julgamentos e jamais para o usar e controlar para seu benefício, só dessa forma o amor pode ser sustentado e realmente durar.
E nesta consciência percebemos que precisamos dos outros para sabermos quem somos de verdade, quem nega se relacionar com o outro na verdade está negando a si próprio.