“… por que será que os estranhos sempre nos pesam menos?
talvez por serem terra desconhecida, é o que abre espaço para a nossa imaginação.
fulano deve ser ótimo, pensamos
e as respostas ficam em suspenso
amamos a possibilidade
de a pessoa ser exatamente aquilo que projetamos nela.
os estranhos não nos doem porque ainda não nos decepcionaram
e se mantivermos tudo a uma boa distância: seguirão sendo
essa doce incógnita”
pág. 176
Em uma escrita singular e poética, Aline Bei dança entre as páginas nos proporcionando uma experiência única.
A protagonista Júlia, complexa e densa, procura desesperadamente um lugar ao sol e novos horizontes onde seja possível encontrar paz de espírito, autoestima, felicidade. Não muito aceita pela mãe e abandonada pelo pai, a protagonista tenta superar seus traumas para seguir adiante e encontrar personagens essenciais para enfrentar a solidão, ao mesmo tempo que ensaia sua própria coreografia.
Um livro sobre encontros, ausência de afetos, sonhos interrompidos.
Longe de ser uma história pessimista, apesar de todo o contexto, vemos uma história carregada de esperança enfatizando a necessidade de se ter sonhos e muito mais que sonhar, seguir os nossos sonhos.
Um romance emocionante que mostra como nossas relações moldas quem somos.
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