É fato que a pandemia vivenciada em dias atuais, não apenas mudou mas transformou comportamentos, hábitos, crenças, consciências, relações interpessoais, conceitos, formatos de vivência social, sentimentos, olhares, a natureza, em fim para quem espera a grande mudança dos últimos tempos, não percebeu que quase tudo mudou, porém ainda há quem se mantenha indiferente vacinado pela aspereza da miopia procedente de uma natureza desvalida das percepções mínimas, porém é notório que a grande parte da população se utiliza dos efeitos da pandemia para refletir sobre as mudanças e transformações onde se instalou o divisor de águas que determina o limiar do antes e o depois.
A velocidade com que a humanidade teve que submeter suas vidas a uma abrupta adaptação, se compara a um cenário que algumas religiões chamam de purgatório, onde predomina a incerteza, ameaça e intranquilidade diante de um inimigo invisível que ceifa vidas das mais diversas classes, cores, etnias, idades, sexo, status, condição, ou seja, o chicote que açoita Chico, também serve pra Francisco.
Nunca se valorizou tanto um abraço como agora, o aperto de mão que selava amizades, negócios, respeito foi extinto pela ameaça oriunda do medo rotulado de prevenção. O ouvir com clareza é um exercício incansável no esforço para entender as vozes abafadas pelas máscaras obrigatórias, o transtorno obsessivo compulsivo (TOC) desencadeado pela necessidade de lavar as mãos a todo instante , as relações conjugais desfeitas pela falta de convivência , homens e mulheres que reclamavam por falta de tempo para família, se separam quando por necessidade são obrigados a ficarem juntos em suas casas.
A educação a distância que já vinha em um viés de crescimento, antecipou anos de sua trajetória sendo vista em algumas ocasiões como única alternativa para não estacionar o processo de desenvolvimento educacional.
Estamos vivenciando uma realidade onde a incerteza e o risco de uma forma geral se tornaram ingredientes de uma fórmula que sacudiu a humanidade. Se interrogássemos a cerca de 12 meses atrás, especialistas sobre qual fato seria previsto com a possibilidade de causar danos a toda humanidade, certamente seria contemplada a hipóteses mais provável como guerras nuclear, porém o improvável surgiu de forma inimaginável para mostrar quão somos desprovidos de entendimento nas questões existenciais, foi preciso um verdadeiro freio de arrumação para aceitarmos que somos iguais nessa viagem chamada vida, que o coletivo é de interesse de todos e que para melhorar nossa convivência no planeta terra, basta transformar o mundo interior de cada habitante que sobrevive em dias atuais. Tudo pode está só começando, porém a lição do reaprendizado torna-se uma questão de adaptação obrigatória para que possamos alcançar a consciência coletiva através da maturidade individual no caminhar ao evoluir.
Parte da humanidade já se rende a um olhar mais cuidadoso para com a natureza, meio ambiente e seu semelhante, isso credencia nossas expectativas ao sentimento de esperança na evolução da humanidade, pois como seres pensantes ainda desconhecemos muito sobre nossas potencialidades e capacidade de transformação.
Quiçá as próximas gerações conhecerem a tão almejada, paz, saúde, ausência da miséria e tantos outros ícones ainda não clicados no software da consciência humana.
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