Saber se expressar é fundamental nos dias de hoje. Comunicar-se bem pode te levar a conquistar o tão sonhado emprego, conhecer novas pessoas e aumentar o círculo de amizades. As discussões harmoniosas nos levam à luz e a novas ideias. A palavra é importante para mostrar os contornos dos nossos pensamentos, exprimir a proficuidade da nossa mente e, por vezes, abrir portas em um mundo cada vez mais competitivo. Porém, nessa era da informação em que a palavra se faz tão relevante, muitas vezes nos esquecemos de um recurso tão poderoso quanto a fala: o silêncio.
Lidar com o silêncio é tão importante quanto lidar com a palavra. Quando silenciamos, podemos verdadeiramente ouvir o que o outro tem a dizer, imergir em suas palavras, senti-las, criar empatia com o sujeito que profere o discurso. Quando a boca silencia, temos a oportunidade de deixar nossa mente viajar sendo guiada pelo discurso do outro. E assim, podemos saber onde as suas palavras desejam nos conduzir. Não se trata apenas de fechar a boca e nada falar. Trata-se de se fechar para outros estímulos e focar no seu interlocutor. Para isso, você deverá também canalizar seus outros sentidos para que o seu silêncio seja completo: procure relaxar, olhe nos olhos de quem vos fala, crie um canal exclusivo na sua mente onde só passarão as palavras da pessoa com quem está conversando. Tal canal estará fechado para os problemas que permeiam a sua vida. Coloque esses problemas temporariamente no “modo mudo”. Faça isso e perceberá o quanto o exercício de saber ouvir poderá lhe ser útil. Ainda que o discurso do seu interlocutor seja pouco agregador, sua mente estará muito mais receptiva a aprender com o próximo.
A capacidade comunicativa do silêncio pode ser tão grande quanto a da fala. Se o silêncio é importante para aprender a ouvir o outro, ele é igualmente importante para aprender a ouvir nosso próprio eu. Experimente, sempre que possível, silenciar sua boca e sua mente para os problemas e aborrecimentos que nos permeiam. Feche os canais da sua mente para essas preocupações cotidianas e pense nas coisas positivas que aconteceram em sua vida e naquilo que você anseia, nos seus sonhos. Não apenas pense, mas sinta. Sinta como se estivesse vivenciando as situações. Somos pressionados a vivenciar muitos problemas todos os dias. Temos que equilibrar a balança e nos permitir também viver a positividade que existe em nós. Faça esse exercício diariamente e verá como a positividade se transformará em algo natural, pois sua mente a estará vivenciando regularmente.
Ouça, portanto, não apenas com seus ouvidos, mas também com a sua mente e com a sua alma. Conecte-os sempre que precisar ouvir e verá que a sabedoria e a evolução, antes de passarem pela palavra, devem passar pelo silêncio.
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