OS DOIS LADOS DAS EXPECTATIVAS

OS DOIS LADOS DAS EXPECTATIVAS

As expectativas geralmente estão vinculadas às nossas emoções, visão de mundo, é o esperar pelo que ainda virá, sem certezas.

A expectativa tem seu lado saudável, nos impulsiona, nos faz sonhar, desejamos que dê certo. Sim e pode dar sim, por que não?

Ninguém espera por resultados negativos, pelo contrário. Por isso nos empenhamos para que dê certo. Seja nos relacionamentos, trabalho, sonhos ou até mesmo uma simples viagem, por exemplo.

Quando uma expectativa se realiza, temos a plena satisfação, celebramos e vivemos o momento com alegria, todos experimentamos em algum momento este prazer.

Tão logo uma expectativa é atendida, de certo outras chegam, traduzem onde ou o que queremos alcançar. Nos dão um norte e também uma visão de nós mesmos.

Mas nem sempre nossas expectativas são atendidas.

Às vezes, o impasse acontece quando a expectativa está no outro ou em um objeto que depende de certas circunstâncias e não apenas de nós mesmos.

Pensemos nas expectativas que dependem de nós, de início. Podemos refletir se diante do que aguardamos, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, se a expectativa é palpável ou fantasiosa, sendo honestos com nossas análises, evitando culpas ou frustrações.

Se algo depende de nós, estudemos a fundo a questão. Sabem a famosa situação de que de “longe” ou “de cima” podemos ver melhor? Bem isso, olhar meio distante uma situação pode nos auxiliar melhor.

Importante lembrarmos que, ao nos conhecermos melhor, o modo como somos e agimos, evitamos a frustração, que pode desencadear mágoas e ressentimentos. A grande relevância da questão, acerca das expectativas, é exatamente como terminam e como lidamos quando não nos deparamos com a situação ideal (ou idealizada por nós).

Muitas vezes somos nós quem as idealizamos, mesmo quando depende ou envolvam outras pessoas.

Nos relacionamentos, por exemplo, merecemos sim a atenção das pessoas, o amor, a compreensão e o cuidado; mas nem sempre encontramos. Pode ser que haja desgaste, falta de diálogo ou busca excessiva de atenção. Pode ser que algo mudou, ou é apenas uma fase, ou que exigimos além das possibilidades do momento. Pode ser que aquilo que imaginamos era apenas uma fantasia ou ainda que acabamos por experimentar forte decepção e teremos que lidar com ela.

Lidemos com nós mesmos, com nossos sentimentos. Pausas às vezes são necessárias, para que possamos refletir, repensar, assimilar e compreender. É um processo individual, mas podemos recorrer à ajuda, se caso for.

Gerenciar todas as expectativas, nossos conflitos e as pressões não é fácil, mas é possível, se nos desvencilharmos de parte dela. Como? Através do diálogo aberto e sincero por exemplo, da análise da situação e da análise de si mesmo.

E para que? Para que possamos seguir adiante, simplesmente isso, e é o que mais importa, que sigamos.

Quem pode dizer que é fácil? Sabemos que não é, principalmente quando mais profunda é a expectativa não atendida. Como pode ser fácil o término de um relacionamento, a compreensão de uma traição (seja qual for) ou de uma falência por exemplo?

Não são fáceis, as encare assim de início, sem ilusões. Aceitar é um processo a ser elaborado, pensando não apenas no momento presente, mas também no futuro.

Lembremos que as oportunidades surgem, que as reviravoltas acontecem, que nossas potências continuam latentes e assim, podemos nos permitir seguirmos adiante.

Apenas não se deixe abater no contexto das possibilidades de êxito ou não, faça sua parte, vá adiante, progrida e inspire outros.

Mesmo após a frustração, não deixe que nada abale você tão profundamente, deixe que o tempo te auxilie e que a semente produza.

Nada é em vão, lembremo-nos desta verdade.

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