“O Sonho de um Homem Ridículo” é um conto fabuloso do escritor russo Fiódor Dostoióvski. Nesta pequena obra, o grande pensador narra a história de um personagem-narrador, o homem ridículo, que estabelece um monólogo sobre alguns acontecimentos da sua vida. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Já no início do enredo, o personagem sobrevoa seu passado relatando seu nascimento, escola e universidade com um teor de indiferença, com um encadeamento dos fatos desprovidos de sentido, cabe dizer, como algo completamente ridículo.
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Nesta fascinante narrativa, o escritor russo nos ensina, dentre muitos temas, sobre um sujeito que se identifica tanto com suas conjecturas – ideologias acerca do mundo – que acaba assumindo uma postura indiferente perante a realidade: a arrogância e o orgulho como protagonistas da vida!
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Dostoievski nos apresenta uma faceta narcísica que permeia a consciência humana, uma imagem criada por nós que reverbera em um distanciamento da vida: confundi a própria realidade com a imagem que é criada. O homem ridículo acha que “a consciência da vida é superior à vida, que o conhecimento das leis da felicidade — é superior à felicidade”. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Esta teia de acontecimentos apresentada por Dostoiéviski é uma temática recorrente em suas obras, trata-se da reflexão sobre as possibilidades de transformação do homem moderno, tendo em vista a “morte” de Deus na história. Em outras palavras, o estilhaçamento da transcendência e as consequências desse fato no devir existencial. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Não é tudo isso atual?