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O nosso ponto de vista não é universal

Você observa uma situação, ou algum elemento seja lá o que for, e de cara já faz um julgamento frente a situação pelo o seu único ponto de vista, mas vou lhe dar um chá de realidade e lhe dizer que o seu ponto de vista não é universal, não é único e muito menos absoluto .

A experiência dos outros nos ajudam a moldar um novo ponto de vista, pois podemos incrementá-lo com a novas informações.

Quantas vezes que você quis impor o seu ponto de vista para uma pessoa, mas essa pessoa agiu como você tentando impor o ponto de vista o dela. E no final ninguém aceitou a opinião ou o ponto de vista do outro. Isso acontece diariamente com inúmeros indivíduos, pois dependendo da personalidade da pessoa aceitar a visão do outro chega a ser um erro quando você  a sua visão é absoluta.

Podemos elaborar algumas proposições acerca  desta situação:

  1. Você está certo e o indivíduo errado
  2. Você está errado o indivíduo está certo
  3. Você está errado e o indivíduo está errado
  4. Você está certo e o indivíduo está certo

Ruim vocês não concordam! Para que chegamos a alguma conclusão de um impasse devemos compreender que o nosso ponto de vista nem sempre é universal, outra pessoa pode ter uma visão diferente sobre a mesma coisa e ambos poderão estar certos ou errados dependendo da conclusão que ambos tem no final.

Para exemplificar melhor hoje iremos mergulhar em um antigo conto indiano que fala sobre pontos de vista, trata-se dos Cegos e o Elefante.

“Certo dia, um príncipe indiano mandou chamar um grupo de cegos de nascença e os reuniu no pátio do palácio. Ao mesmo tempo, mandou trazer um elefante e o colocou diante do grupo. Em seguida, conduzindo-os pela mão, foi levando os cegos até o elefante para que o apalpassem. Um apalpava a barriga, outro a cauda, outro a orelha, outro a tromba, outro uma das pernas… Quando todos os cegos tinham apalpado o paquiderme, o príncipe ordenou que cada um explicasse aos outros como era o elefante.
Então, o que tinha apalpado a barriga disse que o elefante era como uma enorme panela. O que tinha apalpado a cauda até os pelos da extremidade, discordou e disse que o elefante se parecia mais com uma vassoura. – “Nada disso”, interrompeu o que tinha apalpado a orelha. “Se ele se parece com alguma coisa é com um grande leque aberto.”

O que apalpara a tromba deu uma risada e interferiu: – “Vocês estão por fora. O elefante tem a forma, as ondulações e a flexibilidade de uma mangueira de água…”      – “Essa não”, replicou o que apalpara a perna, “ele é redondo como uma grande mangueira, mas não tem nada de ondulações nem de flexibilidade, é rígido como um poste…”

Os cegos se envolveram numa discussão sem fim, cada um querendo provar que os outros estavam errados, e que o certo era o que ele dizia. Evidentemente cada um se apoiava na sua própria experiência e não conseguia entender como os demais podiam afirmar o que afirmavam. O príncipe deixou-os falar para ver se chegavam a um acordo, mas quando percebeu que eram incapazes de aceitar que os outros podiam ter tido outras experiências, ordenou que se calassem. – “O elefante é tudo isso que vocês falaram, explicou. Tudo isso que cada um de vocês percebeu é só uma parte do elefante. Não devem negar o que os outros perceberam. Deveriam juntar as experiências de todos e tentar imaginar como a parte que cada um apalpou se une com as outras para formar esse todo que é o elefante.”.


A experiência das coisas que cada homem pode ter é sempre limitada, entretanto não é universal. Por isso, a sensatez nos obriga a levar em conta também as experiências dos outros para se chegar a uma síntese.


A pessoa, o ser humano, apresenta muitas facetas. Existe o risco de polarizar a atenção em alguma delas, ignorando o resto, isso acontece quando achamos que nossa visão é universal. Fazendo isso, estaríamos repetindo os cegos da parábola. Cada um ficaria com uma visão unilateral e parcial. Para obtermos uma visão o mais integral possível do que é uma pessoa, devemos reunir, numa unidade, os numerosos aspectos que podem ser observados no ser humano. É o que devemos tentar fazer, cientes, porém, de que uma visão completa, como diria o príncipe indiano, é sempre impossível.

Se quisermos compreender uma situação devemos observar todos os aspectos e ao mesmo tempo colher informações de outros indivíduos para chegarmos a uma conclusão.Devemos ouvir as pessoas antes mesmo de pré-determinar um julgamento.

Ser como os cegos do conto indiano só comprova que necessitamos crescer mais e apurar nosso ponto de vista.

Blessed be.

Leia nossa indicação e post “É possível chegar a perfeição do ser humano?”

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