Quando observamos as intempéries e anomalias climáticas da nossa biosfera que nos assolam dia após dia, tais como secas, chuvas torrenciais, ventos fortes, raios, granizo, terremotos, tsunamis, entre outras, chegamos à conclusão que, realmente não mandamos em nada, a não ser sobre nossas próprias práticas e atitudes. Nosso futuro está sendo roubado de nós por nós mesmos. Pela nossa forma inconsequente de vivermos.
Estamos sendo cada vez mais imprudentes e irresponsáveis pelos nossos atos. O mundo, os recursos advindos dele e a riqueza existente, estão à disposição do ser humano para organizar a sua vida e da sociedade da qual faz parte. Somos “mordomos” dos bens planetários à nosso dispor e, não donos deles, para destruí-los. Devemos adorar o Criador e cuidar da sua criação.
Não adianta o ser humano pensar consigo, “agora farei uma estufa para proteger as plantas do calor, do frio e da chuva em excesso” se, a mesma estrutura não suportar o vento forte que poderá advir.
E o que fazer quando o céu fica nublado ou com neblina por vários e vários dias e as plantas começam a senescer ou, até a estiolar por falta de radiação solar!? Vamos fazer luz artificial também, o tempo todo? Pois de forma semelhante, logo mais vamos precisar fazer a polinização manual das plantas por falta de abelhas e outros polinizadores, os quais vêm sendo dizimados pela ação antrópica! Não adianta o homem fazer reservatórios, cisternas e implantar irrigação em suas lavouras, para se precaver frente a eventuais estiagens se, vier a ocorrer uma seca super prolongada que, acabe secando até o rio mais próximo.
O homem percebe que está faltando algo, mas, ignora os sinais dos tempos e de seu próprio ser. A sua mente, pessimista, e sua forma agressiva de viver com a natureza, está pondo-o de joelhos por todos os lados e áreas de sua vida, mas, no entanto, sente-se muito grande e poderoso para reconhecer que precisa mudar, de pensamento, palavras e atitudes. Acostumamo-nos a aprender, aprender, mas, pouco ou nada fazemos, pois, não nos foi ensinado que devemos agir também e, não ficarmos apenas acumulando conhecimento sem investí-lo na prática depois.
Uma mente boa e generosa, mas com obesidade mental, “acamada”, e que não coloca o corpo dela “fazer exercícios no mundo físico e das pessoas”, é muito pior que uma mente fraca, subnutrida de conhecimento, mas que faz o corpo atrelado a ela se mexer e fazer coisas más e perversas. A passagem que aparece em Mateus (cap.25, vers. 13 a30), explica muito bem sobre sabermos algo e não fazermos e/ou deixarmos de fazer ou, ainda, não usarmos nossos talentos e habilidades natas para o que fomos designados a este mundo.
Não adianta o ser humano fazer uma ponte para suportar a vazão das águas pluviais e fluviais, através de um registro dos últimos cinquenta ou cem anos se, ele não prever a força e a pressão eventual das águas represadas por entulhos ou o próprio lixo presente no rio. Da mesma forma, não adianta o homem fazer uma casa resistente a ciclones, tornados e furacões se, depois será um tremor ou um terremoto que a derrubará. Em tudo o que o homem fizer, sempre haverá variáveis que ele não consegue prever e que, a natureza ao seu tempo mostrará.
Todos nós precisamos colocar nas nossas cabeças que nenhum homem é dono de nada e muito menos dominador/controlador do planeta ou das suas “virtudes” (recursos naturais). Somos apenas uma pequena parte do planeta vivendo nele e dele e, ao querermos espoliá-lo, apenas enganamos a nós mesmos, pois tudo volta a nós.
Ninguém escapa da lei de causa e efeito. O homem até pode enganar outro homem ou vários outros, através de mentiras científicas, religiosas, filosóficas, históricas ou então, por meio de leis econômicas, criadas e inventadas, mesmo sendo muitas vezes fraudulentas e injustas, mas, nunca, o ambiente ao seu redor, que tem vida e leis próprias. O homem pode até usufruir somente para si e, se esbaldar, nos bens materiais e outras facilidades e prazeres carnais e efêmeros existentes em nosso mundo físico, advindos pela posse abundante da moeda de troca, o dinheiro da época, mas, ele não terá vida plena se, não fizer nada em prol dos seus irmãos e, nem tiver a seu dispor alimento de qualidade, ar puro e isento de poluentes, água potável e outras necessidades intrínsecas ao organismo.
Em Lucas (cap. 12, vers.16 a 21) ilustra-se muito bem como o homem se acha grande ao fazer suas obras terrenas, no entanto, nada do que ele faz tem perenidade se, não desempenhar a sua verdadeira grandiosidade, que é a espiritualidade, o bem a toda a criatura. Apenas o homem dotado de ganância, soberba e arrogância que acha ter poder para, botar preço nas coisas e se adonar delas, que ele próprio só pode desfrutar e não fazer ou criar, desde uma simples (mas super sofisticada) semente natural, uma vista bucólica em meio à plantas, flores, cachoeiras, céu estrelado, entre outras tantas lindas e maravilhosas paisagens. As belezas naturais que revitalizam o nosso ser e nossa alma não podem ser reconstituídas ou criadas por nenhum dinheiro do mundo, após destruídas totalmente.
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