Competir com a tecnologia atual como “educadores”, é uma disparidade muito grande! Podemos dizer hoje que, quem educa nossos filhos são, com toda a certeza, os vendedores renomados, espertos e malandros, por trás dos comerciais, propagandas e mensagens subliminares escondidas nos programas infanto-juvenis. A geração atual é apenas mais uma geração de consumidores impulsivos, desenfreados e desesperançados de suas próprias vidas.
A maioria são apenas pessoas superficiais, emotivas, desfocadas e desinteressadas de tudo o que as rodeia. Não é de surpreender a falta nessa geração, de objetivos claros, tanto pessoais, sociais ou até mesmo ambientais, políticos, espirituais! Esse caos existencial advém da pouca importância que estamos dando à educação familiar focada na realidade! Ansiamos dar aos nossos filhos o” melhor”, o que não ganhamos de nossos pais! No entanto, esse melhor, sem limites, é apenas algo ilusório, porque na prática, tem sido o “pior”.
As crianças hoje em dia, ficam apenas paradas, num sofá ou sentadas, com brinquedos que brincam por elas, no acionar de um botão, e ainda, ficam pedindo para seus pais comprarem guloseimas que fazem mal à saúde, somente porque viram nas propagandas que assistem ou visualizam. A pandemia foi um motivo que causou mais essa situação, por causa do isolamento necessário. No entanto, ela apenas permitiu que visualizássemos mais, algo que já vinha ocorrendo há mais tempo.
Estamos estragando as crianças três vezes, em uma prática só: “podando/cortando” a criatividade, pois não desenvolvemos nelas o hábito do pensar, inventar, imaginar e raciocinar ao dar tudo pronto, inclusive e, principalmente, brinquedos; deixando-as sedentárias, gastando menos energia, o que as tornam obesas e com más posturas corporais (por não se sentarem corretamente) ou com má coordenação motora e, de bônus; ainda deixamo-las comerem mal, alimentos transgênicos, com agrotóxicos, produtos industrializados e cheios de açúcar refinado, gordura hidrogenada, entre outros ingredientes nocivos, tais como, realçadores de sabor, conservantes, corantes, entre inúmeros outros aditivos.
Ainda precisamos levar em conta que, a criança, comendo em frente à televisão ou computador virá a se tornar ansiosa, brava, porque irá comer rápido para assistir ao seu programa favorito. Dessa forma, teremos pessoas adultas que não saberão lidar com os “nãos” que a vida ou as pessoas impõe e, nem irão saber ou querer esperar o tempo certo de conseguirem algo ou das coisas acontecerem. Provavelmente, serão pessoas muito pouco resilientes, persistentes e pacientes naquilo que elas farão no futuro.
No momento em que um pai ou uma mãe dá um celular para uma criança de dois anos para se “livrar dela”, deixando-a “entretida”, já se perdeu a chance de educá-la mais apropriadamente! Pois substituímos nossa presença de pais por um aparelho! E fazemos isso generalizadamente sem consciência ou culpa alguma! Pelo contrário, achamos isso lindo! Mas acreditem, há pesquisas mostrando inclusive, além de tudo o que pode advir desses “hábitos sensacionais modernos” que, os dedos das crianças estão atrofiando por falta de movimentos! Mas pode deixar, reclamaremos disso no futuro, com certeza!
E o que dizer quando, damos refrigerante às crianças sem ensiná-las o verdadeiro dano que ele traz à saúde delas! Muitos podem se questionar: o que um simples refrigerante pode ter a ver com a educação infantil? O problema é que fazemos assim com tudo o que nos cerca. Nada tem muita importância pra nós, tudo é normal e, vivemos como se não fosse mais existir o amanhã! E realmente! Ele poderá não existir mais mesmo! Porque nós somos contemplados pelo universo com o que mais nós desejamos, sabiam?
Chega! De algum (ou vários) vendedor(es) atrás das telinhas, o(s) qual(is) nem conhecemos, dizer o que nossos filhos e nós mesmos devemos comer ou usar! Pois o que mais existe é um vendedor querendo vender algo nesse mundo! Eu não faço propaganda das minhas idéias ou pensamentos, apenas os compartilho! Numa discussão, nós não devemos gritar ou enganar mais e sim, apenas melhorar nossos argumentos!
Vamos educar a todos, de verdade (instruir moralmente, intelectualmente e não, puramente, ensinar/transmitir conhecimento), a plantar e a colher (direitos e deveres) tal como se ensina o ato de ler e escrever, e ponto final. O restante, cada um vai ter de escolher entre o bem e o mal! Chega de meias palavras e indiretas! Vamos falar direto dos problemas e após, das suas soluções, sem enrolações!
Chega de pensarmos que, se está bom pra mim, que os outros se danem! Assim como Deus não é criador apenas de um ser, mas de todos, e portanto, estamos todos interligados, nós também choraremos coletivamente todo o mal que nós fizermos uns aos outros.