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O grito de desespero da nossa Terra

          O planeta está sendo morto literalmente, pelas nossas mãos humanas lindas e amorosas! (queria dizer assassinas, mas tudo bem). Uma afirmação dessas, que poderia ser apenas um alerta ou um alarido exagerado e fanático de um ambientalista do passado, atualmente se tornou uma realidade incontestável! O cupim “homem”, está deixando a Terra “oca”, ou em outras palavras, vazia de vida e, logo, não teremos mais nada pra devorar!

            Somente no Brasil, quantos milhões de pessoas vivem sem terem água tratada? Qual o percentual de esgotos lançados em rios, sem qualquer tratamento? E o que dizer da quantidade enorme dos resíduos sólidos gerados por nós? Quantos milhões de toneladas de monóxido e dióxido de carbono, ainda são lançadas na atmosfera mundial, anualmente, através de queimadas e a queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão? E os demais gases, tais como o metano, quanto contribuem para a intensificação do efeito estufa?

           A extinção e a redução atual da biodiversidade animal e vegetal, seguem em ritmo talvez nunca observados em toda a história da civilização humana. A elevação da temperatura nas geleiras e o consequente aumento do nível do mar, põe em risco quanta população pelo mundo afora?

           Podemos tomar basicamente três posições básicas. Na primeira, fingimos que nada de anormal está acontecendo com nossa casa e mãe Terra e, assim também, nada vai nos acontecer, mesmo sabendo que isso não resolverá absolutamente nada. Na segunda posição, sabemos que as catástrofes climáticas são realidade e são intensificadas pelas nossas ações humanas, mas, resolvemos ficar quietinhos, apenas olhando o que vai acontecer, pois quem não ajuda, pelo menos não atrapalha.

         Apenas quando tomamos uma terceira posição de pensamento mais inteligente, é que, resolvemos fazer algo em prol do nosso lar e do nosso chão, mesmo que seja apenas pra podermos ficar de bem conosco mesmos. Pois o mais implacável juiz de nossos atos é o nosso próprio subconsciente. Não nos esqueçamos disso.

            Apenas como um exemplo de como estamos mudando drasticamente a natureza, basta falarmos das nossas florestas que existiam há apenas 100 anos atrás, sem nem precisar voltarmos muito no tempo. Ninguém hoje, da nossa geração, é capaz de imaginar as imensas árvores da mata atlântica que haviam no sul do Brasil. As enormes araucárias, canjeranas, cedros, canelas, angicos, louros, dentre outras espécies, ficaram apenas ilustradas em alguns objetos, algumas fotografias ou retratos, documentados em alguns livros talvez, e nada mais.

            Quem diria que, ainda hoje, o Brasil exportaria madeira da Amazônia, dos seus últimos resquícios de florestas? Não chega que, desde sempre, a grande parte da nossa madeira, tenha sido exportada? Desde o ciclo do pau-brasil, quando ainda éramos colônia? No século XX, as nossas imensas araucárias, que aqui haviam, foram quase todas dizimadas para atender aos países estrangeiros, dentre os quais, o principal, foram os EUA.

            Não cabe aqui lamentações argumentativas, mas sim, contestações nuas e cruas! Estamos “matando” o planeta com o nosso jeito de viver e ter! Precisaríamos urgentemente mesmo, vivermos cada vez com menos e não com mais: com menos veículos poluidores; com menos combustíveis fósseis e fontes de energia não renováveis; com menos bens materiais em geral (pois todos são extraídos da natureza exaurindo-a), resíduos não reciclados ou reutilizados, e que virarão lixo e entulho no final.

            Em nossa vida diária, precisamos “botar a mão” realmente e, separarmos pelo mínimo, os nossos resíduos orgânicos que saem da cozinha, os rejeitos e os resíduos secos. Os resíduos orgânicos precisam ser descartados via compostagem, vermicompostagem (minhocas), individual ou coletiva (mesmo em apartamentos) ou outros meios apropriados. Quanto aos resíduos secos (papel, plástico, metal, entre outros), estes precisam ser reduzidos, reutilizados, reciclados.

            Precisaremos sair, fugir desse estilo alucinante, idiotizante de vida atual, se quisermos deixar o planeta respirar um pouco. O planeta parece estar morrendo por asfixia e no desespero, ele também está tentando viver! É apenas isso que os seus eventos climáticos extremos estão tentando nos mostrar! No entanto, nossa Terra sofre diariamente, com esse monte de agulhas nela (poços artesianos de água perfurados, poços de petróleo, com seus canos revestindo-os por dentro); feridas/chagas (minas de carvão e extração de minérios) que sugam e/ou fazem sangrar a sua energia vital; um monte de asfalto e prédios de concreto impermeabilizando a sua pele; além de cortes e rasgos profundos através de estradas e outros tipos de escavações para obras diversas em sua carne.

            Além de tudo isso, ainda há milhares de poluentes e contaminantes (dejetos humanos e de animais sob criações intensivas, produtos químicos sintéticos diversos) sendo jogados diretamente e inescrupulosamente em suas veias e artérias de água, narinas de ar, pulmões de florestas e corais nos oceanos, no coração da Terra, (no que seria o “cérebro” do nosso Sistema Solar), ou melhor, no nosso cérebro planetário no qual vivemos. Está sendo muito difícil, com certeza, para a Terra continuar sobrevivendo em meio a essa tormenta. A Terra hoje, agoniza de dores e enfermidades terríveis.

            Deus deve estar se perguntando: “que homem louco que EU fiz? Ele não enxerga a sua própria água que utiliza, na qual está despejando esgoto, resíduos, venenos; nem seu ar que respira, no qual está poluindo; nem sua Terra que produz seus alimentos, e a qual está matando-a!” Depois, o homem ainda pensa em ficar livre das doenças e dos malefícios da depressão e do suicídio?            

            O homem está cometendo genocídio a todo o reino vegetal, animal e mineral e ainda diz que não faz nada de mal ou de errado! A principal justificativa para tanto descalabro sempre tem sido: “mas é só um pouco de progresso, desenvolvimento econômico para o bem de todos, seres indefesos e coitados”. A única santa aqui é a ignorância! Albert Einstein já dizia que “duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana, no entanto, apenas em relação ao universo, ele ainda não tinha certeza absoluta.”

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