O Conto da Ilha Desconhecida

O Conto da Ilha Desconhecida

José Saramago

Uma história que fala de sonhos, resistência frente aos obstáculos, da necessidade de autoconhecimento e da burocracia que acaba por retardar as realizações.

O livro conta a história de um homem que procura o rei e lhe pede um barco para viajar a uma ilha desconhecida. O rei, por sua vez, indaga o homem como ele pode saber se essa ilha existe, se ela é desconhecida? Seria uma viagem impossível. O argumento sagaz do homem é que, todas as ilhas em algum momento foram desconhecidas, até serem descobertas.

Uma metáfora LINDA sobre nossa capacidade de enxergar (o outro e nós mesmos). Além de revelador, é até meio profético se pensarmos no momento de pandemia que estamos vivendo. Saramago parece ter previsto muitos dos nossos problemas e alertado sobre nossos defeitos como sociedade. E, apesar de o fato de ele estar certo em quase tudo doer na gente, vale a pena lê-lo. Quem sabe esses alertas sirvam também para mais adiante… Enquanto isso, a literatura nos conforta. Quem sabe assim consigamos ver além — além das nossas ilhas .

“Que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não saímos de nós…”

“Saramago me soprou numa brisa: muito do que ansiamos já nos habita. E, embora não nos façamos sozinhos (mesmo que muitas de nossas rotas sejam solitárias), somos o bastante para navegar. Para embarcarmos no nosso próprio barco.”

“Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter. Ter deve ser a pior maneira de gostar”


O livro tem apenas 63 páginas, mas vale cada parágrafo, carregado de reflexões! 

Afinal, quem somos nós, senão a procura de algo que ainda não somos (a procura de uma versão cada vez melhor)? Se já somos, não há procura a ser feita.

 

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