Mario Sergio Cortella e um de seus excelentes textos sobre “O sabor da música”.
Música é também distração, uma forma de preencher aquilo que à nossa volta está e que nos direciona à beleza, à meditação, à profundidade. Algumas pessoas são preconceituosas em relação a certos tipos de música, lembrando que é uma questão de emoção e de escolha. Mas a música boa é aquela que nos encanta, nos emociona.
Há músicas de que eu não gosto, mas não significa que não tenha valia para quem se emociona com ela para quem a aprecia. Essa cautela com o preconceito é necessária para olharmos também a música como uma forma de conhecimento.
Há um saber presente na música, porque ela nos faz meditar, nos faz refletir, nos faz viajar no tempo, nos lugares, na nossa história, além de produzir aquele tipo de sensação estética que nos emociona. Como diriam os latinos, emovere, aquilo que emociona, aquilo que mexe com alguém, que faz com que alguma coisa em nós tenha agradado. Se a música não for nosso agrado ela nos agride, nos ofende.
O escritor francês Victor Hugo, do século XIX, cm certeza entendia disso ao afirmar que a música “é um barulho que pensa”. A música é um ruído que pensa.
Cuidado, não é ruído no sentido negativo, mas no sentido daquilo que muda o modo de pensar.
Mario Sergio Cortella
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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.
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