Nos informar ou permanecer na ignorância

Nos informar ou permanecer na ignorância

Permanecer na ignorância ou nos informar sobre o que nos preocupa se deve a uma série de fatores que a ciência está tentando compreender há muito tempo. Vivemos em um presente repleto de mudanças e incertezas, mas também com vários recursos ao nosso alcance para obter respostas. Porém, há quem não as procure a conhecer o novo, e se informa sobre novos conhecimentos e experiências.

Na psicologia geralmente se fala sobre um fenômeno denominado “ignorância motivada“. Essa é uma situação em que a pessoa não quer saber o motivo de eventos específicos. Ela acontece por exemplo quando alguém se sente mal e não quer ir ao médico por medo. O fato de que alguém lhes diga a causa do desconforto provoca mais ansiedade que permanecer na ignorância. É como uma situação que vivencie na minha família com meu Tio, ele estava bem, em sua ignorância, com depressão, tinha um câncer, o qual ele não sabia, porém no entanto, quando foi ao médico se informou descobriu que estava com um câncer seu estado de saúde se agravou ainda mais, pois quando não sabia da sua doença estava bem, mas quando souber ficou mau e muito abalado, triste, deprimido, cabisbaixo, não queria mais se alimentar, passado alguns dias depois muito fragilizado veio a passar mal até que veio a triste noticia. o mesmo faleceu. O que eu pensador entendo com isso, naturalmente, o que veio abalar a saúde do meu Tio, não foi a doença em si, mas sim o seu psicológico que ficou comprometido quando descobriu que tinha um câncer. Acredito que se ele não tivesse tido acesso aquela informação talvez supostamente teria tido mais alguns anos de vida. Entretanto, esse tipo de comportamento costuma ser visto no território das ideologias psicológicas. Existem pessoas que não querem aprender sobre certas coisas para que as suas crenças não sejam abaladas. Isso explica por que os terraplanistas ou negacionistas das mudanças climáticas evitam buscar informações confiáveis, científicas e comprovadas sobre as ideias que possuem não sejam contestadas.

No entanto, existem mais fatores que explicam essa realidade psicológica que vale a pena compreender.

De modo, é notório enfatizar que alguns apontam que a ignorância (ou o desejo expresso de não ser informado sobre tal coisas) está polarizando por completo a nossa sociedade. Mais ainda, poderíamos dizer que ocorre ainda outro fenômeno não menos importante: há aqueles que são informados, mas recorrem a fontes não confiáveis e tendenciosas apenas para encontrar dados que corroborem as suas crenças e ideologias.

O propósito de alguém não querer descobrir algo que não se encaixa na sua ideologia é evitar a dissonância cognitiva (desconforto que surge quando dois pensamentos se contradizem).

Às vezes, quando nos informamos de determinadas coisas podemos encontrar dados que contradizem o que tínhamos como certo. Isso pode ser irritante para muitas pessoas. Em vez disso, outras aceitam essa contradição com uma mente aberta para se permitirem aprender e assumir perspectivas mais corretas.

Permanecer na ignorância ou nos informar depende de três fatores, segundo a ciência. A Universidade de Londres realizou um estudo para compreender essas diferenças individuais na busca de informações. Saber por que algumas pessoas querem aprender sobre determinados temas enquanto outras optam por não fazer isso é algo que sempre chamou a atenção dos especialistas.

Este trabalho revelou o seguinte:

  • Em primeiro lugar, as pessoas procuram ou não determinadas informações com base em como o que podem encontrar as fará sentir. É aqui que entra o aspecto emocional e também o motivacional. Isso me interessa? O que eu encontrar vai me incomodar? Isso vai fazer eu me sentir pior?
  • O segundo aspecto é a utilidade. Escolher entre permanecer na ignorância ou nos informar sobre um tópico específico parte do fato de acharmos que essa informação será útil ou não. Por exemplo, e com relação às vacinas: aqueles que não acreditam na eficácia delas não verão motivo para ler relatórios científicos sobre a sua eficácia. “Por que vou fazer isso se não quero ser vacinado e não vou vacinar os meus filhos?”
  • O último fator está relacionado ao fato de a informação encontrada estar em sintonia com a própria perspectiva. Aqui novamente aparece a necessidade de fornecer dados que estejam em conformidade com as crenças de cada um, a fim de evitar as incômodas dissonâncias cognitivas.

Quando não há informação, cada um vive a sua realidade

Vivemos em uma época de acesso à informação sem precedentes. É verdade que abundam dados falsos e tendenciosos, mas com um pouco de esforço você poderá encontrar fontes confiáveis sobre quase todos os assuntos. Então, por que as pessoas optam por permanecer na ignorância nos dias atuais?

Os pesquisadores George Loewenstein, Russell Goldman e David Hagmann da  Universidade Carnegie Mellon forneceram outra resposta não menos interessante em um trabalho de 2017.

  • Muitas pessoas evitam aprender sobre coisas que podem ameaçar a estabilidade da realidade autoconstruída que elas possuem ou até mesmo tira-las de sua zona de conforto. Por exemplo, a pessoa trabalha em uma empresa vamos supor que seja uma terceirizada da vida, onde a pessoa é explorada, ganhar mal, é robotizada, seus direitos trabalhistas são negados o tempo todo, a empresa é tão ditatura que até mais parecer o regime militar, tipo não pode isso, não pode aquilo, só cobrança o dia inteiro, ainda tem aquele chefe cascudão razinzo que viver dando ordem para lá e pra cá, puxa saco mais que Papai Noel. Mas mesmo assim fato é, que a pessoa não permitir a sair da ignorância da escravidão , e conhecer novos horizontes e oportunidades de emprego diferentes onde possa te proporcionar uma vida melhor.

Certo é, que para concluir, ou permanecer na ignorância temos que nos informar sobre as coisas ao nosso redor, o qual tem muito a ver com a nossa personalidade. Existem mentes inflexíveis que não toleram ser enganadas exploradas.

Por outro lado, como também, existem muitas pessoas que não têm medo de descobrir informações inovadoras, que sabem que aprender sobre as coisas e ler o máximo possível de fontes amplia as perspectivas e permite uma tomada de decisão muito melhor. Esse é o segredo.

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