A avaliação do indivíduo obeso deve ser feita de forma ampla, levando em consideração fatores antropométricos, bioquímicos e ainda mais, pontos relacionados ao comportamento alimentar do paciente.
Existem casos onde somente a restrição calórica promovida pela dieta e as adaptações do exercício físico não serão suficientes para tratar a obesidade, de modo a ser necessário a utilização de intervenções farmacológicas ou mesmo cirúrgicas.
Em casos onde o paciente possui comorbidades relacionadas ao excesso de peso ou distúrbios comportamentais, o uso de medicamentos que tratem essas doenças/sintomas colaterais da obesidade se torna imprescindível, apesar de que o tratamento farmacológico somente é justificável caso exista uma condição custo vs benefício favorável para o indivíduo a ser tratado.
Os medicamentos como Sibutramina e Liraglutida podem ajudar o indivíduo na adesão do programa alimentar, tornando a perda de peso mais linear, apesar de que isso não garante a sustentação dessa diminuição de gordura a longo prazo, após a descontinuação das medicações.
As indicações para intervenções cirúrgicas como a cirúrgia bariátrica, podem acontecer quando o indivíduo passa por suscetíveis intervenções medicamentosas e dietéticas que favorecem a perda de peso, sendo seguidos do reganho parcial/total do mesmo peso que foi perdido, além de um IMC superior a 35.
Na ocorrência de indícios que viabilizem a adoção de qualquer intervenção eficaz, a mesma deve ser ponderada, portanto, não deve existir um medo irreal de medicamentos ou procedimentos cirúrgicos, mas sim uma avaliação eficaz e multidisciplinar por parte de diversos profissionais da saúde em prol do bem estar do paciente.