Não sobreviva, viva! Essa frase pode soar equivocada em um primeiro momento. Viver e sobreviver não seriam sinônimos? De forma alguma. Enquanto sobreviver pressupõe ter a oportunidade de viver após um determinado infortúnio, viver se refere a um desfrute pleno da vida e das suas possibilidades. Infelizmente, muitos de nós seguimos sobrevivendo dia após dia, permitindo que sucessivos eventos se sobressaiam sobre o brilho da vida. Se você se encontra envolto em um mar de atribulações e tem conduzido a vida em função unicamente da resolução de problemas, reveja sua postura imediatamente, pois você está sobrevivendo em vez de viver.
É impossível nesse mundo não ter que lidar com adversidades. Sejam profissionais, familiares, de relacionamento, de saúde, os problemas sempre estarão lá. O que não podemos fazer é conferir aos problemas uma magnitude maior do que ao amor, à paz e à felicidade. Devemos, logicamente, destinar uma fatia do nosso tempo à resolução de problemas ou eles crescerão e poderão nos engolir. Não se trata, portanto, de varrer a sujeira para debaixo do tapete. Trata-se de destinar a fatia de tempo e de energia devida para cada aspecto da sua vida.
Se você trabalha durante 8 horas por dia, procure focar durante esse tempo na resolução dos problemas advindos do seu trabalho. Canalize sua mente para o trabalho sem maiores distrações. Embora possa ter um breve momento de descontração no serviço, como em um intervalo para lanche com os colegas reunidos, você sabe que a função precípua do momento é desempenhar suas atividades laborais. Procure então fazer isso sem maiores distrações.
A maioria de nós já desempenha as atividades relacionadas ao nosso emprego com afinco e sem maiores desvios. Então, por que muitos de nós carregamos tantos problemas das mais diversas naturezas para aquelas ocasiões onde o foco deveria ser outro? Por que carregamos problemas de serviço para os momentos de lazer com família e amigos? Quando fazemos isso, estamos dando uma ênfase indevida para os problemas. E, se os problemas sempre se colocam a nossa frente, estamos majoritariamente sobrevivendo e não vivendo. Claro que não conseguiremos compartimentalizar nossas vidas tão rigidamente. Eventualmente, levaremos questões do trabalho, por exemplo, para uma reunião de amigos. A vida não é uma ciência exata. O que você não deve permitir é que seus problemas prejudiquem, por exemplo, um momento com os amigos que deveria ser de descontração.
Espero que a necessidade de sobrevivência em sua vida seja cada vez mais rara e que o viver se faça cada vez mais presente. Que você reserve a sobrevivência para quando de fato precisar sobreviver.
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