Neste artigo quero responder a sua indagação, quando me disse que eu pensador tinha mudado muito ao longo dos anos. Sinceramente eu não mudei, você que nunca me conheceu de verdade. Você deu muitas coisas como garantidas, acreditando em seu achismo, você criou um amor à sua maneira onde eu tive que me adaptar, como as flores se adaptam às rachaduras nas rochas sem poder criar raízes. Não, eu não mudei, e de fato, estou feliz por não ser o que você esperava de mim um homem frágil sem luz própria e obediente aos seus caprichos.
É possível que esta imagem de mim lhe seja familiar. Mas quero te informar que especialistas em relacionamentos nos dizem que a maioria de nós tem uma espécie de “roteiro ideal” sobre o que o amor deve ser. Tanto que até Arthur C. Clark, cientista e famoso autor de romances de ficção científica, argumentou que a maioria das pessoas se apaixona por parceiros que não existem é como acreditar em mentiras que parecem verdades. São apenas telas onde projetam sonhos, ilusões que não existe.
Eu não mudei, eu apenas cresci evoluir. Eu não sou a pessoa que você esperava, porque você tentou me fazer encaixar nas linhas do seu egoísmo do seu achismo. Você diz que eu mudei, mas na realidade nunca fui esse homem dócil que você imaginou. Apesar de eu ser educado, tenho meu lado bruto de ser, pois sou tradicional criado a moda antiga onde homem é homem de verdade, que se impõe e toma a frente expressamente pondo em pratica a voz ativa.
Algo a se ter em mente sobre esse tipo de relacionamento baseado em desigualdade e falsas atribuições é que às vezes existe algum outro mecanismo baseado em projeção psicológica. “Eu faço você acreditar que você é fraco para que eu possa controlá-lo e não enfrentar minha baixa autoestima e minha incapacidade de estabelecer relacionamentos respeitosos como iguais, não me venha com este tipo de ladainha, não sou machista, mas também não aceito chantagem emocional.
É meus caros leitores como já exposto esse é um tema bastante complexo sem dúvida nenhuma é um tema muito interessante que convido você a conhecer neste artigo. No entanto, nenhum amor é perfeito, amor verdadeiro é aquele que “é” e “deixa ser”, que não procura nos mudar porque nos ama por tudo o que somos, pelo que o espelho reflete, pelo que o pensamento diz e por essa cumplicidade autêntica onde as partituras de cada um formam a melhor das melodias.
Talvez por isso, às vezes, em vez de “parceiros de vida”, anseiam por companheiros (a) onde possam manter os “cativos”, casais que são rosa, podem também se torna espinhos também , o travesseiro de seu vazio e o alento de sua dor. Lá onde não importa o que a pessoa amada sente ou pensa, porque o que prevalece é aquele equilíbrio infantil de satisfazer somente seu ego.
Nenhum vínculo pode ser duradouro com essa desigualdade de pensamentos essa tentativa de alinhamento entre um e outro muitas das vezes infelizmente não dar jogo. As projeções que os outros querem induzir em nós, sem dúvida, respondem às deficiências daqueles que querem nos encaixar em seu padrão, em seu molde autocriado do que deve ser o amor perfeito de verdade, dando a liberdade de seu parceiro (a) ser ele ou ela de verdade.
O amor não deve nos mudar, seu propósito deve ser sempre o de nos permitir crescer para chegar a mais um estágio vital de grande equilíbrio pessoal. Agora, diante da clássica questão de saber se as pessoas podem mudar a qualquer momento, a resposta é sim, e mais ainda nesses contextos afetivos com componentes traumáticos.
Fatores como abuso físico ou emocional, chantagem, manipulação ou até mesmo decepção ou falta de amor em si, podem fazer com que muitas de nossas ilusões se “desliguem”, valores que tínhamos como garantidos desmoronam ou perdem essas forças de nossa personalidade., que de alguma forma nos obrigam a deixar para trás o território vital em que estávamos instalados há anos.
Não é a coisa certa. Devemos lutar sempre pela nossa identidade, pelos fundamentos dos nossos valores e pela bandeira dessa autoestima que é a pátria das nossas essências e forças. O amor é “ser” e “deixar ser”, respeitando as individualidades como disse Fromm, e por isso é preciso escolher “sabiamente” esses companheiros de viagem, levando em conta estas dimensões básicas:
- Afinidade emocional. Sabemos que o amor nem sempre é escolhido, na maioria das vezes chega de forma inesperada. Portanto, preste atenção na linguagem das emoções e descubra se você compartilha da mesma harmonia baseada na reciprocidade e na empatia.
- Compatibilidade Intelectual. Acima de tudo, tem a ver com cumplicidade e amizade, com desfrutar de espaços de partilha, de interesses. Aproveite aquelas horas de conversas muito longas onde tudo flui e os olhos sorriem e se deliciam.
- A compatibilidade física também é essencial. É aquela área mais pura e instintiva baseada no desejo, na sexualidade e naquela magia que acontece debaixo dos lençóis.
- A compatibilidade espiritual. Está relacionada aos nossos valores, nossos sonhos, aspirações e essa forma única e excepcional de interpretar o mundo. É uma dimensão mais íntima, onde descobrimos outro ser que nos entende e que, por sua vez, se encaixa em nossos projetos vitais para nos tornarmos os melhores companheiros de viagem. Um amigo do coração.
Empatia é a chave deste jogo. É nos colocarmos no lugar do nosso parceiro (a). Você pode escolher um dia ou algumas horas e mudar os papéis do outro. Desta forma, poderá compreender melhor o seu dia-a-dia e compreender a sua forma de ver as coisas e de agir. Esses tipos de jogos para fazer em casal ajudam a fortalecer os relacionamentos e também são muito divertidos.