Não deveríamos dar ouvidos

Não deveríamos dar ouvidos

Todos nós deveríamos aprender a não dar ouvidos a pessoas que tentam nos ridicularizar ou diminuir porque pessoas que agem assim mostram que possuem um espírito mesquinho, preconceituoso, rude e desprovido de compreensão.

As pessoas podem tentar nos diminuir de qualquer forma, seja através de ironias, sarcasmo e até mesmo com xingamentos para nos dizer que não valemos nada, somos inúteis, insignificantes e desprovidos de qualidades apreciáveis e realmente é difícil sabermos nos defender se não temos uma boa autoestima.

Imaginemos uma criança que sofre bullying na escola aguentando um colega dizer que um gato tem mais raça, ou seja, mais valor do que ela. Obviamente, a criança ficará arrasada ao ouvir tal grosseria e seria necessário que um adulto dissesse que ela não deveria dar atenção a quem diz tal coisa pois ninguém é desprovido de valor e uma pessoa que tenta dizer a outra que ela não vale nada só prova que é rude, insensível e tem uma visão superficial acerca do valor das pessoas.


Nós precisamos entender que não devemos acreditar em quem gosta de dizer que somos inúteis, não valemos nada e não temos nenhuma qualidade apreciável. Isso não é verdade pois toda pessoa tem o seu valor. Cada um é único com seus talentos e capacidades e cabe a cada pessoa descobrir o próprio valor, sem permitir que os julgamentos alheios o façam se sentir um lixo. Cabe a nós lembrar que uma pessoa que gosta de fazer os outros se sentirem sem valor é alguém que com certeza deve possuir sérios transtornos de personalidade. Muito provavelmente são pessoas sem empatia.


Muitas pessoas são tóxicas ou narcisistas e sentem prazer em humilhar os outros para se sentir superiores e satisfazer seus egos doentios e é preciso que saibamos disso para não cair nas armadilhas que elas armam. Infelizmente, muitas pessoas tóxicas e/ou narcisistas constituem famílias e, como são desprovidas de empatia, não irão estimular seus cônjuges e filhos a ter amor próprio mas viverão a diminuí-los, fazendo-os se sentir burros e incapazes, humilhando-os e submetendo-os a uma rotina desgastante e doentia.


A pessoa que vive ao lado de quem é tóxico e abusivo pode ficar com a autoestima seriamente abalada e muitas vezes, talvez numa tentativa de evitar atritos, passe a “normalizar” a vida que leva, permitindo que sua subjetividade seja “roubada” por um ser egoísta e sem empatia, que irá se comprazer em fazê-la acreditar que não possui nenhum valor e é frequente que a pessoa abusada termine por não se defender, internalizando as palavras perversas que escuta no cotidiano.


Como vemos, o trabalho de reconstrução de autoestima de alguém sujeito a tanto abuso emocional nunca será feito. Seria ótimo que todos nós fôssemos ensinados, desde cedo, a não escutar quem tenta nos diminuir para nunca nos deixarmos levar por quem tenta nos humilhar e oprimir.








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