A morte usa muitas roupagens. As imagens na nossa psique (alma) ou nas nossas fantasias de morte não aparecem como a morte em si. Perceba em seus sonhos: Quando você sonha que morreu, nunca é o final, geralmente a cena corta para um depois, ou se repete ou você acorda. Isso significa que a morte não aparece como fim, mas como uma possibilidade de um recomeço. Mesmo que você sonhe que morreu e acorda, continuará sua vida acordado, não é mesmo? A questão sempre fica em aberto.
Para sua psique, assim como o mundo a sua volta, a morte aparece a fim de dar lugar à transformação: A flor murcha para florescer de novo, a cobra perde sua pele para uma nova, o livro acaba e começarmos outro, o sol se põe para dar lugar a noite e voltar no dia seguinte, a criança vira adulta: essa é a forma criativa que mata o velho para produzir o novo.
Quando se tem vontade de morrer, quando você tem fantasias ou acha que não tem mais sentido essa vida, algo está tentando se transformar: o padrão antigo precisa terminar completamente e uma nova vida precisa surgir.
Na psicoterapia, todas as fantasias e desejos de morte são explorados juntamente com o paciente a fim de buscar o significado disso para cada um. Dessa exploração conjunta, surgem outras imagens e símbolos que darão direção ao encontro da transformação que o indivíduo necessita. Assim como a alma grita e anseia pela transformação, ela também abre diversas possibilidades para isso. O analista, age como um “decifrador” e “ampliador” desses símbolos e o caminho é percorrido por ambos, passo a passo, em direção ao novo ser que desabrocha no percurso.
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