Meia Noite em Paris é uma obra prima do Woody Allen, que escreve e dirige o filme. No longa, acompanhamos a viagem que Gil Pender (Owen Wilson), roteirista de Hollywood, com sua noiva Inez (Rachel McAdams) a Paris. Ele faz vários passeios noturnos e, à Meia Noite, ele é transportado para Paris dos anos 20, melhor época para ele. Gil é nostálgico e sempre quis viver nessa época. Nessas viagens, ele conhece seus ídolos, como escritores e pintores. A partir daí ele passa a questionar as escolhas pessoais e profissionais de sua vida.
Ele percebe, por exemplo, que sua noiva é totalmente diferente dele, que possuem gostos diversos e que ela, por vezes, não respeita suas escolhas. Percebe, também, que poderia ter se tornado um escritor de romances, sonho que sempre possuiu, mas nunca realizou. Na década de 20, ele conhece e se apaixona por Adriana (Marion Cotillard), que namorava Pablo Picasso à época. Juntos eles viajam para La Belle Epoque da França – final do séc. XIX – percebendo ali que a “melhor época” para se viver sempre será diferente para cada pessoa e que no fundo nunca valorizamos nosso presente.
Woody Allen ganhou o Oscar de melhor roteiro original com esse filme. Creio que, além da bela fotografia que acompanha toda sua cinematografia, esse filme funciona bem como um alívio dramático para o tema da nostalgia. Afinal, quem nunca quis viver na época de seus ídolos ou quis ter nascido em outro período? Ou ainda, quem nunca quis ter outra carreira profissional ou ter feito outras escolhas na vida pessoal? Tanto pelo drama como pelo enredo, Meia Noite em Paris funciona bem como se fosse um romance em formato de filme.
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