Mediocridade Ambiciosa

Mediocridade Ambiciosa

“A mais clara lição da história, é que o homem não é o senhor da história”.

Vez ou outra, me pego pensando e refletindo acerca de um fenômeno que as últimas gerações trouxeram ao mundo: somos as pessoas mais fortes, determinadas e insuperáveis que já pisaram neste planeta. Vivemos num mundo de super-indivíduos! (Ou não?)

Recentemente me hospedei na casa de um casal, onde as duas moças eram coach’s. Eu não ouvi uma frase que não tivesse a palavra “coach”. Foi um livro do Augusto Cury na vida real.

“Você pode tudo”, “A tristeza é psicológica”, “você só depende de si mesmo”. Esses e vários outros jargões puderam ser ouvidos como se fossem frases brilhantes e geniais que irão revolucionar a capacidade humana.

O mestre em teologia Pr. Marcos Mattos, ao ser ser indagado sobre o fato de o indivíduo humano poder tudo, explica: “A mais clara lição da história, é que o homem não é o senhor da história. As filosofias e ideologias criadas por ele podem ser boas, você toma por exemplo um socialismo, um comunismo, tem coisas boas em todas essas filosofias, mas por que não funcionam? Não funcionam por causa do egoísmo do ser humano”, afirmou.

Desde minha infância fui ensinado a ser o melhor em tudo que eu me propuser a fazer, e repare, não é fazer meu melhor, e sim, ser o melhor. Será que isso é tão bom?

Os índices do aumento de stress, do aumento da depressão e ansiedade, e a diminuição da auto estima, indicam que esses “clichês” do coach, não são tão eficientes a longo prazo, não se o que procura for qualidade de vida.

Vivemos uma geração que anseia pela ambição, que paga terapias para serem mais e mais gananciosos. Ensinamos nossos filhos a pensarem que tudo é deles, que eles não podem simplesmente ficar tristes. Uma geração que condena qualquer sinal de exíguo, e tudo se transforma em sintomas da mediocridade.

Somos induzidos por nossos “mentores” a ocupar nossa mente, e deixar essas angústias “para lá”. Somos forçados por essa geração de auto-empreendedores, a aniquilar qualquer sinal de angústia. Mas a tristeza sempre volta.

Seremos lembrados como os grandes revolucionários da auto capacidade?

Ou seremos lembrados como a geração depressiva?

Temos mais reverência ao egóico, do que a paz de espírito.

Temos os mais “belos”sorrisos, temos a mais “bela” qualidade de vida, a mais “bela” estabilidade.

A felicidade em nossa geração é uma utopia, em que corremos atrás de uma enganação, enquanto deixamos de lado as coisas realmente “belas” de nossa existência.

A vida totalmente feliz é o maior engodo de nossa geração.

Leia nossa indicação e post “É possível chegar a perfeição do ser humano?”

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