Alemanha nazista, Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Liesel Meminger, uma menina de 10 anos e seu irmão Werner de 6 anos, são entregues por sua mãe a uma família adotiva, Hans e Rosa Hubermann, que vivem na rua Himmel, na pequena cidade de Molching, próximo a Munique. Mas seu irmão morre durante a percurso a Molching. E Liesel fica sozinha com seus pais adotivos.
Mesmo sem saber ler, Liesel é apaixonada por livros. E rouba seu primeiro livro no enterro do seu irmão, quando um rapaz, sem perceber, deixou cair na neve um livro de capa preta, “O Manual do Coveiro”.
Em sua nova casa, ela começa a frequentar a escola e fazer amigos. Em especial Rudy Steiner, com quem ela passa a maior parte do dia.
Durante as comemorações do aniversário de Hitler, ela rouba seu segundo livro de uma fogueira (livros que iam contra o sistema nazista eram queimados em praça pública).
Hans é pintor e não encontra muitos serviços. Rosa é dona de casa e trabalha lavando e passando roupas para aumentar a renda da família. Hans viu o grande interesse de Liesel pelos livros, por isso, a ajudou a ler com mais fluidez. Ela ajudava Rosa, entregando as roupas passadas e foi assim que ela conheceu Ilsa Hermann, a mulher do prefeito de quem se tornou amiga.
Max, filho de um amigo de Hans foi morar na casa, se tornando um grande amigo de Liesel, fazendo com que ela ficasse cada vez mais encantada com as palavras. Mas, pelo fato de ser judeu, Max decide partir para não colocar a família em risco. E pouco tempo depois, Hans é levado para o exército nazista, para servir na guerra, por tentar ajudar outro judeu. Após o retorno de Hans um terrível bombardeio atinge a rua Himmel, onde moram, e Liesel só consegue escapar porque estava no porão escrevendo.
Dois anos se passaram, depois dessa tragédia e Liesel reencontra Max. E com o fim da guerra, a certeza de um amanhã.
Escrito por Markus Zusak e traduzido para mais de 40 línguas, “A menina que roubava livros” permaneceu 375 semanas na lista de bestsellers do New York Time, ficando também em primeiro lugar na lista dos livros mais vendidos do Brasil, onde foi lançado em 15 de fevereiro de 2007.
A história da vida de Liesel é narrada por alguém bem peculiar, a Morte. Ela encontra Liesel cara a cara por três vezes durante o período da Segunda Guerra Mundial.
“Vi três vezes a menina que roubava livros”.
E fica tão fascinada pela menina que roubava livros, que a ceifadora de vidas decide narrar sua história. História escolhida entre muitas na tentativa de compreender a natureza humana. E por outro lado Liesel, em busca de um sentido para tudo que está vivendo, junto a miséria, a morte e a destruição. Nos fazendo refletir sobre guerra, a sobrevivência, o verdadeiro sentido de uma amizade, da família e da perda.
Por mais diferente que possa ser, Markus Zusak, usou a própria morte para narrar toda essa história. Para através do seu olhar, ela poder contar a dor e a crueldade de uma guerra. São vidas que se perdem, outras que se encontram e as que lutam exaustivamente para sobreviverem a tanta dor e desgraça. E é através desse olhar que mesmo a morte em sua reflexão, se vê indignada com tanta destruição. E que vê em Liesel, uma menina com apenas 10 anos, a força para sobreviver. Mesmo com todas as suas perdas e com tudo desabando a sua volta.
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