Antes de mais nada, precisamos escutar nossos sinais.
Uma vida sem limites, regras, fronteiras, muitas vezes nos parece atraente. Ultrapassar ou superar os nossos limites também. Traz uma aura de rebeldia adolescente misturada a uma certa dose de euforia, afinal, adoramos a palavra ilimitado!
Por outro lado, fico me questionando o tanto de vezes em que nos sentimos desrespeitados e na maior parte do tempo por nós mesmos, justamente por não escutarmos os nossos limites e necessidades.
É disso que estou falando! Os limites na verdade começam no nosso corpo, a pele é o nosso grande continente, que faz a fronteira corporal entre mundo externo e interno. Nosso corpo nos mostra o limite o tempo todo! Sede, fome, sono, necessidades fisiológicas e especialmente as mulheres em seus ciclos femininos que nos fazem ficar mais ou menos interiorizadas.
Percebo que muitas vezes estamos tão preocupados em pertencer, agradar, parecer e nos ajustar ao meio, que vamos negando dia após dia nossas sensações, nossos desejos autênticos, nossos sentimentos, nossas necessidades e nossos limites.
Quantas vezes o corpo pede cama e insistimos em virar a noite em uma festa? Ou a alma pede festa e ficamos em casa por não ousarmos fazer algo diferente? Os pés pedem sapatos confortáveis, mas escolhemos o salto alto que vai ficar mais bonito? Quantas vezes insistimos em estar com uma ou um grupo de pessoas, que nos suga a energia? Aquela dorzinha que você está sentindo há meses, mas nunca vai ver porque o trabalho e os compromissos são sempre mais importantes? E pra fechar ainda tem “aquela pessoa” que fere a sua dignidade e você continua mandando aquele “oi” vez por outra?
Na verdade nosso corpo conversa com a gente o tempo todo! Mas o quanto estamos conectados para escutar? Calar o corpo é viver uma vida sem bússola. Quando não podemos consultar nossas sensações, sentimentos e necessidades paras tomar nossas decisões, nos tornamos reféns das direções e dos desejos do mundo e do outro.
O corpo deveria ser soberano e quando ele fala, é importante que estejamos atentos para escutá-lo. Sempre penso que a mente mente, a boca mente, mas o corpo não mente jamais!
Precisamos escutar os seus sinais…
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