Interpretação livre

Interpretação livre

A opinião não balizada é aquilo que, de vez em quando, chamamos de achologia”: “Eu acho isso”, “eu acho aquilo”.

Há muita gente que elege a achologia como modo de entender as coisas, isto é, não procura fundamentar, dar base sólida para o que vai pensar, refletir e opinar.

Edmond de Goncourt (1822-1896), fonte do mais desejado prêmio literário da França, que leva exatamente seu sobrenome (prêmio criado no testamento dele, em 1896) escreveu muitas obras com o irmão Jules de Goucourt (1830-1870)  e ambos deixaram um diário, em que anotaram uma frase bem-humorada e verdadeira: “O que mais besteiras ouve no mundo é, talvez, um quadro de museu”.

Quantas vezes paramos diante de um quadro e não só dizemos besteiras na interpretação desse quadro, como as ouvimos em grande quantidade? Não é incomum que contemplando uma pintura, um desenho ou uma escultura em um museu, haja pessoas por perto que, sem nenhum fundamento, começam a interpretar livremente tudo o que o autor quis dizer.

Seja pela emoção estética, seja pelo direito de opinar, começam “isso é isso, isso é aquilo”. Algo muito comum em relação, por exemplo, a uma pintura abstrata.

Aí que as besteiras vêm à tona.

 

 

 

Texto escrito pelo…

Mario Sergio Cortella

 

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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.

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