Atualmente, a indústria cultural refere-se ao conjunto de produções artísticas, mídia e entretenimento que são comercializadas e consumidas em larga escala. Eu mesmo acabo sendo um ávido consumidor e ninguém se salva. Isso inclui música, filmes, programas de televisão, livros, videogames e outras formas de expressão artística. A indústria cultural desempenha um papel importante na sociedade moderna, influenciando nossas preferências, valores e identidades. Assim, conquanto poder ser uma poderosa ferramenta para conectar pessoas de diferentes culturas e origens, também pode ser criticada por promover o consumismo, perpetuar estereótipos e assim homogeneizar a cultura. Nas últimas décadas, com o avanço da tecnologia e a disseminação da internet, a indústria cultural tem passado por mudanças significativas.
Em contrapartida….
Vejam… Eu posso estar falando muita besteira, sem respaldo, com vozes maníacas da minha cabeça, mas, me parece que, de fato, depois de Adorno, Gramsci, Horkheimer, ainda, logo depois, em torno dos anos 50, e vemos isso na música e no modo como artistas reclamam das cobranças por parte dos produtores, sobretudo dos anos 90 pra cá, o niilismo e mal estar como uma trademark, o grunge, o alternativo, como uma saída, bem como, nos dias de hoje, em conceitos como ” influencers “, algo totalmente horizontal em virtude da miríade de redes e viralizacões, também a confusão ideológica, que, a saber, aumenta a cada dia, concomitante a confusão quanto a fluidez sexual e a legitimidade de determinadas responsabilidades, não há mais o que se chama pioneirismo, excetuados movimentos coletivos e um certo elemento estético, as personas, como um Kurt Cobain, um Chris Cornell…
Agora, veja, como diz a canção, ” those who came before me, lived through their vocations “…
Não haviam ” influencers ” antes.
Indivíduos de carne e osso realmente moviam montanhas…
De acordo com o que é chamado, primordialmente, por Hegel, o ” zeitgeist “: Dostoievski, Van Gogh, Mozart, Nietzsche, Kierkegaard, Copérnico… Creio que o avanço exponencial da tecnologia e a informação nos faz reprodutores. Apesar disso, não deixamos de influenciar, de fato. Assim sendo, eu suponho que a comunicação de indivíduo para geração tenha acabado. . Em raros casos, me parece surgir algum conspiracionista, algum maluco que foge completamente do contexto do marketing, mas, excetuados estes, não temos mais aquele fogo de outros tempos. Tudo em função da instrumentalização desenfreada da produção.
E sim… Falar isso soa como saudosismo, ou Romantismo. Dane-se. Camus diz, no homem revoltado, quanto ao século XX, que seria a época do ” determinismo das almas “. Destarte, parece-me que ele estava certo. Boom. Temos algoritimos, leituras de pensamento, comunicação entre sistemas…
” My privacy is rapped “, como diz o cantor, em uma casca de noz…
O renascimento do neopaganismo ( e, pelo amor de Deus, não sou um chamado de puritano, façam-me o favor ). Similarmente a livros de distopia, eu penso que somos, então, obrigados a pensar atomisticamente, constantemente pensando, em elementos de capturas de números, não espíritos. Pixels. Espectros. Uma vida horizontal…É um processo espontâneo? Ninguém sabe.
Consequentemente… É, sem dúvidas, um campo em constante evolução, impulsionado pela criatividade e pela demanda do público por novas formas de expressão e entretenimento… Eu acredito que, antes de mais nada, seja necessário nos atermos para que, dentre ” cortes disso ou aquilo “, ou desesperadas tentativas de marketing, tendo em vista o advento da inteligência artificial, a fim de que não tornemos insosso o que os nosso corações sempre pediram, clichê que isso soe, um pouco de aventura.