Mario Sergio Cortella e um de seus excelentes textos sobre “Importância da Fraternidade”.
Em muitas situações, nota-se uma banalização da ideia de fraternidade. É muito usual ouvir dizer “e aí meu irmão”, “e aí mano” ou “e aí, bro:” Essa ideia de bro, mano, mermão tem um conteúdo esvaziado, marcado pela vacuidade.
A ideia de fraternidade, de “frater”, é aquele que é acolhido e vivido como um humano como eu, e do qual nós somos parceiros de existência, parceiros de vida, parceiros de tempo. O exercício da fraternidade é difícil, numa sociedade, numa vida, num tempo em que há presença da violência, da ameaça, da vitimação, do latrocínio, da guera, do assassinato, do homicídio. Nessas circunstâncias, é difícil pensar nessa perspectiva de fraternidade como horizonte – mas não é impossível.
Essa ideia de que “somos todos irmãos e irmãs” carrega o sentido de que somos seres que vivemos dentro de um mesmo mistério da vida, de um mesmo tempo diante de uma mesma possibilidade de existência. É preciso lamentar que a ideia de fraternidade seja entendida por alguns como um romantismo perdido ou até com uma perda de tempo.
É preciso insistir: fraternidade é, sim, decisiva para não perdermos humanidade.
Mario Sergio Cortella
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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.
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