Em 2024, a geopolítica mundial está marcada por uma crescente multipolaridade e complexidade. A União Europeia, Estados Unidos e China continuam a ser atores principais, mas países como Índia, Arábia Saudita, Turquia, África do Sul e Brasil, que não estão alinhados especificamente com nenhuma grande potência ou bloco, ganham mais influência na agenda internacional. Além disso, os países menores e os atores não estatais também estão aproveitando oportunidades para moldar seu próprio espaço no cenário geopolítico mundial.
Outro aspecto importante em 2024 é a crescente importância da Inteligência Artificial (IA) nas relações geopolíticas. Governos estão correndo para regular essa tecnologia, buscando reduzir os riscos sociopolíticos, ao mesmo tempo em que fomentam a inovação em IA para competir internacionalmente. Isso tem levado à formação de blocos geopolíticos distintos centrados na inovação e regulamentação da IA.
Além disso, o ano de 2024 é marcado por uma série de eleições significativas em vários países, representando cerca de 54% da população mundial e quase 60% do PIB global. Isso gera incerteza regulatória e política no curto e médio prazo, com eleições nos Estados Unidos, México e alguns países da União Europeia sendo particularmente cruciais.
O mundo também está se tornando mais tumultuado e polarizado, com uma tendência para um fechamento e aumento da violência. A situação global também reflete a decadência do sistema das Nações Unidas e o abandono das normas internacionais, com um uso mais frequente da força e imposição de posturas pelos lados mais poderosos. Ocidente, incluindo Estados Unidos e França, está perdendo relevância enquanto o Sul Global e outros países não ocidentais estão ganhando confiança e independência.
Estas são apenas algumas das dinâmicas chave da geopolítica em 2024. Elas apresentam tanto desafios quanto oportunidades para organizações e países ao redor do mundo.