Não se sabe, ao certo, a origem do futebol. Existem indícios de um esporte semelhante, praticado na região asiática a aproximadamente há 3000 a.C., em que a bola era feita de pele de animal e recheada com ferragens.
Mas foi na Inglaterra, em pleno século XIX, com o surgimento de idealizações progressistas que o futebol ganhou uma nova identidade. As grandes mudanças sociais provocadas pela industrialização, e a desigualdade entre ricos e pobres, juntamente com as péssimas condições de trabalho nas fábricas, geraram vários conflitos, fazendo surgir a necessidade de encontrar um tipo de distração que envolvesse essas pessoas. E foi essa necessidade de lazer que acabou por popularizar o futebol. Um esporte que atendia a uma classe, que com pouco tempo e pouco dinheiro se divertiam praticando um tipo de atividade física coletiva e de fácil acesso.
O futebol sempre teve uma ligação forte com as camadas mais populares. Se transformou da principal forma de diversão da classe operária inglesa ao esporte mais praticado no mundo.
Com toda essa popularidade o futebol acabou ganhando 13 regras originais que ainda influenciam as regras atuais. E foram essas regras que fizeram com que o futebol não demorasse a se tornar um esporte com grande importância entre a alta sociedade e os intelectuais da época.
Mas como o Brasil se tornou o país do futebol?

Foi Charles Miller, brasileiro, filho de um escocês e uma brasileira, que em 1884, ainda com 10 anos, foi estudar na Inglaterra, onde aprendeu a jogar futebol. Quando retornou ao Brasil para, como seu pai, trabalhar na Companhia Ferroviária de São Paulo, Charles trouxe em sua bagagem duas bolas, uma bomba para enche-las, um par de chuteiras, um livro com as regras do futebol e uniformes usados.
E assim, no dia 14 de abril de 1895 foi realizada a primeira partida de futebol no Brasil. O jogo foi realizado na Várzea do Carmo, no Brás, em São Paulo. A partida foi entre os funcionários da Companhia de Gás de São Paulo (Gas Company of São Paulo) e da Companhia Ferroviária de São Paulo ( São Paulo Railway Company) e que o São Paulo Railway, time de Charles Miller, venceu por 4 à 2.
Em 1914, foi fundada a Federação Brasileira de Sports (FBS), e nesse mesmo ano, no primeiro torneio de futebol Copa Roca, a Seleção Brasileira conquistou seu primeiro título vencendo a Argentina.
Mas, e quanto a paixão nacional?

Alguns podem até achar isso clichê. Pode até ser, mas é aquele clichê que mexe com o coração da gente. Afinal, futebol no Brasil é adoração nacional. É algo que não se explica. Está na alma. É como se nascêssemos apaixonados por determinado time de futebol. Não importa de qual estado do país somos. Time não se escolhe. Ele é que escolhe a gente. E quando se trata da Seleção Brasileira, a nossa Seleção Canarinho, aí o Brasil pára. O estádio de futebol é um templo. O gramado é solo sagrado. A camisa é o manto e o gol, a consagração.
O arrepio que sentimos ao entrar no estádio de futebol é algo inexplicável, mágico. Nossa camisa é a 12. É a camisa do coração, pertence a todos nós, os torcedores. A festa que acontece quando o time entra em campo é algo de outro mundo.
O historiador e professor Leonardo Affonso de Miranda Pereira, diz que para o brasileiro, o futebol é uma paixão nacional porque sempre foi popular, está relacionado a diversão e é a representação do nosso país pois a população se identifica com os jogadores. Além da convicção de que o Brasil tem o melhor futebol do mundo.
Futebol… esporte que virou até música do grupo Skank. E que mesmo sem saber quando foi a primeira vez que um indivíduo resolveu brincar com seus pés, usando algo parecido com uma bola, é certo que naquele momento aconteceu a magia mais sublime, que fez um sentimento grandioso nascer dentro do coração desse alguém. E mesmo com o passar desses 3000 a.C, quem vai saber se a data foi essa mesmo? A verdade, é que a partir daquele momento, cada ser, de cada geração, vem trazendo dentro de si o que hoje expressamos com lágrimas, risos, ansiedades e esperança quando surge aquele grito ensurdecedor do gol.
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