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Família tradicional e família alternativa – dois conceitos da mesma mentira

Desde que passou-se a discutir a união homoafetiva, vieram a tona dois conceitos, o de “família tradicional” e “família alternativa”.

Na tentativa de desqualificar certas composições familiares, religiosos fundamentalistas e grupos políticos radicais passaram a disseminar esses dois conceitos, que, em essência, inexistem. Eu explico o motivo.

Esqueça o ‘sentido bibilico’ da palavra e a definição dos dicionários e apegue-se ao significado prático do que significa familia e como se compõe uma familia. A idéia de homem, mulher, criança e cachorrinho vivendo em uma casa com cercadinho branco nunca se aplicou na sociedade.

Famílias são formadas por duas ou mais pessoas que brigam, discutem, se desentendem e ainda assim, se amam, se apoiam, se respeitam, cuidam uns dos outros; e pensando nessa definição prática de família, nunca houve essa distinção entre tradicional e alternativa, porque o modelo familiar sempre foi o mesmo. O vinculo familiar não precisa ser sanguíneo (inclusive, para muitos, esse vinculo é mais análogo com a ideia de prisão do que de família), ou baseado no fato de morarem juntos ou não.

O vinculo familiar, é, fundamentalmente, emocional, afetivo.

Dois homens ou mulheres que se amam (não necessariamente falamos de amor fisico, do desejo sexual), constituem uma familia, dois amigos (ou mais), pais e filhos que infelizmente não tem mais a presença materna, mães e filhos que infelizmente não tem mais a presença paterna, casais homoafetivos que adotam crianças, enfim, grupos familiares sempre foram diversos.

O que quero dizer nesse texto, em essência, é que o conceito de família é inclusivo, e não, excludente, é um conceito de união e agregação, não um conceito separatista, classificador ou segregador.

Sendo assim, não há o menor sentido em criar classificações para o que chamamos de família.

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