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Falar de relacionamentos saudáveis, exige parceiros saudáveis?

Os relacionamentos são um espelho do que cada um carrega dentro de si, sejam crenças, valores, medos, traumas, experiências, anseios.

É um conjunto que, com o passar dos anos, aumenta, pois passamos por mais situações, as quais nos adaptamos – seja mantendo o repertório ou realizando mudanças, criando novas percepções.

O início de um relacionamento geralmente é o momento mais interessante, pois há algo a ser explorado, conhecido. É o tempo em que um vai compreendendo o outro, as preferências pessoais, até que o envolvimento acontece. Mas mesmo no início, nem sempre acontece desta forma.

Nos tempos atuais este envolvimento tem se apresentado de forma variada, muitos já passaram por outros relacionamentos e às vezes casamentos, há a possibilidade de conexão por aplicativos e sites de relacionamentos e ainda, o cenário da pandemia que provocou uma quebra nas interações, para muitas pessoas.

O antes mais tradicional, ainda existe e acontece, embora as mudanças façam crer que não. Ainda há o relacionamento que acontece pelo contato direto, passando pelas fases que dão continuidade. Bem como há os que acontecem com contato indireto, com o uso de ferramentas para relacionamento, todos são válidos, desde que você o considere bom.

Independentemente de como aconteçam, a grande abertura para muitas conexões pode afetar a interação mais sólida, engajada; estamos envoltos num cenário de rápidas informações, rápido consumo de ideias, promovidos pelas mídias sociais e aplicativos como um todo.

Parece, para muitos, que os contatos acontecem de forma rápida e inconstantes igualmente. Na internet é possível encontrar, em razão desta realidade, dicas e estratégias para um bom relacionamento, nem sempre realistas.

Será que estamos na realidade nos adaptando ao contexto da velocidade que as mídias sociais e aplicativos promovem? Talvez.

Será que nos tornamos mais exigentes? Certamente depende de cada pessoa, não se pode tomar a parte pelo todo, mas há sim uma questão que fica aberta, para muitos, que anseiam por relacionamentos sadios, mais estáveis, em que haja harmonia e espaço para ambos se colocarem, amarem e seguirem juntos.

Falar de relacionamentos saudáveis, exige parceiros saudáveis? Sim, se há uma divergência na intenção do relacionamento, sem dúvida é necessário pensar se a relação é a que atende suas expectativas. Uma pessoa que não está preparada para se envolver, dificilmente se envolverá e pode levar tempo até que queira. Alguém que pensa em manter uma relação mais casual, já está dando o seu recado. É possível que esteja em um outro momento do que o esperado pelo outro par.

A pergunta é o que você busca no relacionamento, saber o que se deseja é um passo a ser dado. Ser honesto consigo e com o outro é essencial.

Certamente que há períodos em que o seu par enfrentará desafios, bem como você, e estes momentos difíceis podem afetar o equilíbrio e convivência.

Faz parte da vida lidar com obstáculos, de novo, a sinceridade, o apoio, a comunicação devem existir para que haja um equilíbrio e com o tempo a situação se restaure.

Olhe para o seu relacionamento, seus desejos, expectativas e o momento em que está. Quais ajustes se mostram necessários? É possível realizá-los? Quais os sinais na comunicação que chamam a atenção? Há ausência, falta de apoio? Sensação de não completude? Há espaço para conversarem, se abrirem e buscarem a melhoria?

É importante lembrar que relacionamentos são feitos por duas pessoas, ainda que conflitos ou obstáculos aconteçam, se ambos mantem a intenção, envolvimento e equilíbrio as situações podem ser ajustadas, para melhor.

Se não há o interesse, pense se deseja permanecer num relacionamento em que há apenas um de fato atuando, cobrindo as falhas do outro, ofertando desculpas para si mesmo, acreditando que tudo pode mudar.

É importante refletir o quão saudável o relacionamento é, se tem funcionado para você e caso necessitem de auxílio profissional, é uma alternativa. Sem dúvida. Mas ambos precisam estar com o mesmo interesse.

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