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Estamos abrindo mão da vida real pelas redes sociais?

Você é feliz? Eu sou, mas não em todos os momentos! Tem horas que a vida te pega de jeito e te joga aquele balde de água gelada para você acordar. A impressão que dá é que acontece somente com a minha pessoa. Ou que todos levam esses infortúnios numa boa, mas essa não é a verdadeira realidade. Problemas todos tem. Uns mais, outros menos, mas o que difere mesmo é a origem do problema e a forma como lidamos com ele.

A vontade de ter uma vida perfeita não é apenas uma vontade. Hoje é uma necessidade. Temos muitos amigos-colegas por detrás de uma tela de computador e as relações interpessoais mais estreitas, de amizade sincera, estão cada vez mais raras. Com isso, passamos a não ter com quem compartilhar nossos momentos mais difíceis e uma certa sensação de fracasso passa a fazer parte do cotidiano de todos que não conseguem atingir o nível de perfeição que exige a comunidade da rede social. Sem contar com a preocupação do julgamento do outro, coisa que as pessoas andam tão à vontade em fazer, aumentando o grau de exigência em relação ao comportamento do pr

Me recordo da minha adolescência, onde me juntava com meu grupo de amigas e cada uma contava seus problemas e frustrações uma para a outra naturalmente. Chorávamos no ombro amigo quando um namorado terminava com a gente, comemorávamos quando a amiga passava no vestibular e a gente ficava para trás (mas ficávamos felizes com a conquista dela, mesmo não sendo a nossa). Odiávamos o namorado que traía a nossa amiga e íamos correndo ajudá-la a superar, marcando uma nova festa ou simplesmente numa roda de amigos; Ou horas a ouvindo desabafar pelo telefone. Isso era corriqueiro entre as mulheres, lembram-se do seriado (Sex And The City)? A história era em torno de conquistas e derrotas nas vidas de quatro amigas que dividiam entre si, uma vida em comum de amizade e acolhimento.

Atualmente não vejo mais esse comportamento no ser humano, em especial em nós mulheres. Parece que estamos em constante competição. Ou para quem está melhor, ou para quem está pior. Mas o que não vejo é a tal da empatia circulando em nosso meio. Ninguém comemora suas conquistas com você e seus problemas quando tenta dividi-los com alguém, é  logo julgada por parecer fraca porque fulana passou pela mesma coisa e não ficou mal como você. Então pela falta de empatia alheia as pessoas estão cada vez mais se fechando em seu casulo e as amizades estão ficando cada vez mais superficiais.

Com o advento das redes sociais, a coisa piorou, pois é do conhecimento de todos, que tudo que se é postado, é só a parte boa que queremos mostrar. Mas muitos levam a ¨ ferro e fogo ¨ o que ali estão vendo, então o ¨Instagrama¨ do vizinho lhe parece sempre mais verde. E é o que todas pensamos!

 Pela telinha só percebemos o que é rico, prazeroso e belo. Enquanto uma mentira que segue contada por mil vezes se torna verdade, nós seguimos rolando a tela acreditando em tudo que ali se vê. E assim, quando não alcançamos tantos predicados, acabamos por achar nossa vida muito sem graça e monótona. Mas será?

Todos desejamos ser bem sucedidos em todas as áreas de nossas vidas, mas esse controle sabidamente não está nas mãos de todos. Porém sabemos também que nem todos se esforçam da mesma maneira ou tem a mesma oportunidade para concretizar um objetivo. O fato que vejo é que quanto mais olhamos para a vida do outro, mais nos tornamos infelizes, e por quê?

Na realidade, quando fazemos esse tipo de comparação, entre nossa vida e a do outro, analisamos todos os esforços que fizemos durante a vida; mas geralmente e muito constantemente nos esquecemos de olhar os esforços e sacrifícios que o outro fez para chegar onde chegou. Tudo bem,  reconheço que algumas pessoas nascem em berço esplêndido ou têm uma sorte grande, mas não é a realidade da maioria, certo? Analisamos os resultados, mas nos esquecemos dos bastidores. O sucesso de ¨ um dia pro outro ¨ muitas vezes levam uma vida inteira para acontecer e ninguém sabe. A percepção que temos pelo outro muitas vezes não corresponde à realidade em que ele vive.

Seria muito interessante, olhar para nosso interior e nos questionarmos quais mudanças de pensamento e comportamento seriam  necessárias para alcançar a felicidade, realizar nossos sonhos e chegar num objetivo. Se tens admiração pela vida ou conquista de alguém, o melhor é procurar saber como essa pessoa fez para chegar onde chegou. Nunca é tarde para aprender coisas novas ou fazer uma transformação em sua vida. O que não dá é se sentir infeliz e desmotivada por não ter o corpo igual ao da blogueira que você segue, ou o marido maravilhoso como o da sua amiga, ou pelas viagens que planejou e ainda não fez.   

A vida é feita de escolhas e estamos constantemente com nossa página em branco para ser escrita por nós mesmas. Isso não é uma gratificação apenas para os jovens, pois com pequenas mudanças de atitudes, podemos mudar o rumo de muita coisa em nossa vida também, transformando-a no mais próximo possível da realidade que desejamos. E ter coragem, porque mudar é sempre um ato de coragem!

Cada pessoa tem seu caminho a ser traçado e seus desafios a serem superados, mas acredito que o desafio de cada um é e sempre será superar a si mesmo!

E prezo pela volta de amizades sinceras, genuínas e encorajadoras; Para que nós mulheres sigamos uma apoiando a outra ao invés de apontar o dedo para a celulite alheia.

Leia nossa indicação e post “A falsa felicidade nas redes sociais”

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