Mario Sergio Cortella e um de seus excelentes textos sobre “Esperança”.
Há uma máxima que sempre ouvimos: “quem espera sempre alcança”, embora haja uma advertência clássica feita num ditado italiano que diz “piano, piano si va lontano, ma non si arriva mai”, ou “devagar se vai longe, mas não se chega nunca”.
A ideia de que quem espera sempre alcança tem algo de arriscado: a noção de esperança como espera, como ficar aguardando, ficar na expectativa. A ideia de esperança deve ser ativa. Esperança como busca, como construição, como o intento que se realiza.
Essa máxima de “quem espera sempre alcança” pode passar uma ideia de que basta sentar e aguardar, e as coisas seguirão seu caminho. Não é verdade. Sabemos que há muitas coisas que, se apenas esperarmos, elas não acontecerão.
É preciso trazer a esperança como verbo e não apenas como substantivo. Portanto, o verbo esperançar é ir atrás, buscar, ter persistência, ter paciência, ter resistência, mas, acima de tudo, ter energia para se movimentar na direção daquilo que se deseja.
É preciso esperançar.
Mario Sergio Cortella
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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.
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