Segundo o psicólogo americano Daniel Goleman, o mundo se divide em: 11% engajados de corpo, alma e espírito no que fazem; 19% engajados aderentes; 50% “turistas” passando o tempo no planeta, os quais precisam ser empurrados para fazerem algo, e 20% de críticos que nada fazem. Essa composição já faz a sociedade demorar para evoluir em valores morais, éticos, espirituais. Quanto mais quando não sabe usar a tecnologia para o benefício coletivo. Usamos os aparelhos digitais e a tecnologia como ferramentas ou como muletas? Navegamos ou naufragamos na internet? Até que ponto a era digital pode ser proveitosa para todos? Falta pouco para sermos os maiores preguiçosos mentais de toda a história da humanidade. A inteligência artificial só vai suplantar a humana, se nós aposentarmos nossos cérebros. Não há máquina ainda capaz de suplantar o ser humano na arte, imaginação, inteligência emocional, espiritual e sim, nos cálculos, atividades diversas e tarefas organizativas e administrativas.
Quando acreditamos em tudo que a grande mídia transmite, tudo pode ser só bom, sendo que nada de ruim existe. Até cada um de nós consumir mais de 7L de veneno por ano é excelente. Desde 2008, nosso país é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo e nem por isso, somos os maior produtor do setor primário. Estamos alcançando mais de 500 mil casos diagnosticados de câncer anualmente e tudo parece lindo e maravilhoso. Segundo dados internacionais, estima-se que o Brasil possua 866 mil pessoas com Aids (vírus HIV), e o maior crescimento de infecções de toda a América Latina. Entre os jovens, o nº de soropositivos aumentou 3 vezes em 10 anos. Seria muito melhor para o futuro se antes dos jovens serem incentivados a se relacionarem cada vez mais cedo, fossem orientados a estudar mais e formarem o caráter primeiro. Incentiva-se o corpo antes da formação da “cabeça” e nós já estamos pagando o preço disso.
Na agricultura, nossos solos estão cada vez mais compactados, mas seguimos sem nem ao menos fazer cobertura com adubação verde (plantas de inverno e verão), ou uma simples rotação de cultura. Essa tecnologia milenar ajuda a criar e a manter canais de porosidade para aeração e infiltração de água. Podemos “achar” esse manejo do solo obsoleto, atrasado, mas ninguém mostrou ou fez algo mais eficiente do que as próprias plantas para manter o solo saudável em todos os aspectos (físico, químico e biológico).
O importante é só o dinheiro! Pois bem, mas um evento climático qualquer (seca, granizo, enchente), ocorre tanto na lavoura do rico quanto do pobre. E é só numa estiagem prolongada, que a produção de milho por exemplo, será igual, mesmo tendo-se um custo de produção com a semente de 800 reais por hectare, quanto um custo de 200 reais.
É interessante: gasta-se tanto (é o que as empresas dizem) para produzir uma semente transgênica, e esquece-se de fazer água artificial, o insumo mais importante de uma lavoura! (além do próprio solo e do sol). A água é tão simples de fazer/sintetizar: apenas uma molécula de H2O! Melhora-se a semente (na verdade piora-se em muitas características ao longo do tempo) e esquece-se de fazer “chuva”!
Em todas as áreas das nossas vidas estamos vivendo só de aparências, com cada vez menos conteúdo. Alimentos naturais integrais versus alimentos industrializados? Ambiente natural ou lavoura com terra fértil x terra degradada? Fidelidade conjugal x traição entre cônjuges? Todos sabem o que é melhor ou o que é certo, mas porque ninguém escolhe o correto? Ninguém quer dar o exemplo primeiro, mas acha que outro fará o que é de sua competência. O percentual da população nas cidades é cerca de 85% e quem se preocupa? Um país se faz “com” pessoas trabalhadoras, pensantes, com livros, com terra e hoje nós só estamos ficando sem: sem nada de recursos naturais, intelectuais e espirituais. Nem Deus irá nos salvar assim…
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