“A responsabilidade sobre ter olhos quando os outros não os puderem ter. “
Atualmente, vivenciamos uma coincidência à narrativa do livro: da noite para o dia, nos deparamos com gente contaminada por um vírus contagioso e letal. Pessoas perdem, diariamente, seus amores e afetos e, por enquanto, o modo mais eficaz depende da empatia e senso ético individuais – uso de máscara, distanciamento social.
Entretanto, dia a dia, nos deparamos com o que há de pior na essência humana, no que concerne à Covid19 e relações interpessoais.
Um romance do escritor português José Saramago, publicado em 1995, que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1998 e descreve a situação ocorrida em uma comunidade após o aparecimento de uma infecção com transmissão rápida, que provoca cegueira nas pessoas.
Um livro profundo é necessário. A leitura nos convida a refletirmos sobre a natureza humana e o desafio de permanecermos bons e éticos em situações desesperadoras. Saramago acertou em cheio sobre como funciona uma cegueira em que as pessoas veem o que querem ver, isto é, a si mesmo e aos seus próprios interesses. Falta coletividade entre os seres humanos; falta transferir o olhar de si para o outro. E isso me assustou demais, porque vi na televisão e nas redes sociais a mesma coisa, justamente quando se trata deste momento de pandemia.
É interessantíssimo ler esse livro no meio da pandemia em que vivemos e já destaco que não é um livro para extrair alento, a narrativa é bastante dura e realista com uma infinidade de crueldades que se esperam do ser humano privado das menores condições de dignidade.
“Cada leitor viverá uma experiência imaginativa única. Num ponto onde se cruzam literatura e sabedoria, José Saramago nos obriga a parar, fechar os olhos e ver.”
Descubra o quê!
Livro maravilhoso e essencial!
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Leia nossa indicação e post “É possível chegar a perfeição do ser humano?”
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