Distantes do mundo, mas perto de nós mesmos?

Distantes do mundo, mas perto de nós mesmos?

Distantes do mundo, perto de nós mesmos?

O tempo em que vivemos hoje é de distanciamento social, em virtude do coronavírus que vem provocando preocupações nas autoridades em torno das consequências financeiras, bem como as consequências na saúde pública, em especial a saúde mental das pessoas em virtude do distanciamento social necessário ao combate desse vírus.

Neste contexto de distanciamento, o que pode ser observado é que boa parte das pessoas já estavam, por demais, distantes umas das outras há um bom tempo. O contato virtual, as curtidas, as visualizações, os comentários em fotos já substituíam parte da rotina social de muitos de nós.

Para além das questões financeiras e de saúde, essa situação de distanciamento tem apresentado alguns pontos de reflexão que direcionam para as relações sociais, sobre a importância de manter vínculos com as pessoas, para a saúde mental do próprio sujeito. Diante disso, nos vem à mente o seguinte questionamento: Será que estamos ‘distantes’ de nós mesmos? Talvez seja necessário mais do que reflexão para compreender a dimensão desta indagação.

Não devemos nos distanciar do fato de que a dádiva de aproveitar os momentos em família, as risadas com os filhos, irmãos, parentes e amigos era ofuscada pelo barulho ensurdecedor das nossas rotinas e tarefas inesgotáveis. Barulho que nos refugiava, promovendo uma fuga de nós mesmos. Barulho que distraía, levando ao não conhecimento de nós mesmos. Barulho que causava angústia, porque aprisionava a mente. Barulho que iludia, trazendo a falsa ideia de felicidade. Nesse sentido, o distanciamento social abafou o barulho ao nosso redor e trouxe à tona o silêncio que nos faz perceber a dura realidade da existência humana. E esta existência na maioria das vezes é negligenciada, porque o barulho não nos deixa perceber o quanto somos frágeis.

Desse modo, o que deve ser entendido é que a nossa fragilidade tão percebida diante de toda essa situação, seja alvo de afago e de carinho por cada um de nós. Reconhecendo, assim, que a fragilidade é uma condição de SER humano.

Leia nossa indicação e post “É possível chegar a perfeição do ser humano?”

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