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Desvendando a Síndrome da Impostora: uma perspectiva pessoal e reflexiva

A minha definição da síndrome da impostora pode ser resumida em uma frase: não se sentir merecedora de uma conquista e se sentir uma fraude.

Ouvi sobre esse termo há alguns anos e ao buscar mais sobre o assunto, aprendi que foi em 1978 que as psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes deram este nome à condição que é definida como uma experiência individual baseada em uma autopercepção de falsidade intelectual, ou seja, de ser uma farsa.

É um assunto que vem sendo mais falado nos últimos anos. No livro “Síndrome da impostora: Por que nunca nos achamos boas o suficiente?”, que li em 2020, a Rafa Brites traz várias histórias que descrevem bem esses sentimentos confusos, mistura de medo, dúvidas e melancolia. Michelle Obama também já falou abertamente sobre suas experiências relacionadas a esta síndrome que afeta homens e mulheres, porém, as mulheres por tantas questões históricas e desafiadoras no mercado de trabalho sentem em maior grau e frequência.

Compartilho aqui os momentos que foram marcos na minha carreira ao longo da minha vida profissional mas que trouxeram à tona emoções desafiadoras como medo, culpa e dúvidas. Conto também o que me ajudou a lidar melhor com tudo isso. Vamos lá:

Com certeza tive outros muitos momentos em que a ‘síndrome da impostora’ apareceu, mas esses acima estão bem fortes na minha memória. O de 2022, quando recebi a resposta positiva, lembro que eu paralisei, quis recusar a proposta, li diversas vezes a descrição da vaga e repetia pra mim: ‘Não é possível que eu passei em todas as etapas’, queria dizer para a recrutadora: ‘Olha, acho que foi um engano. Tem certeza?’. Eu aceitei, com medo mesmo. Eu ficava com falta de ar nos primeiros dias, pensando se ia conseguir, e sim, consegui e fiz um trabalho ótimo.

Após esses episódios na minha vida e depois de conseguir nomear e entender mais o que senti, hoje conto com alguns recursos para acolher sem deixar que me paralise. Deixo aqui as minhas dicas e aprendizados:

O aprendizado é contínuo, mas hoje considero essa síndrome como uma conhecida que me visita às vezes e quando ela chega está me dizendo: “Apesar de parecer que não, você é muito capaz e merecedora.”

Para quem quiser conhecer mais sobre o tema, deixo o estudo da KPMG (2020) ‘Acelerando o Futuro das Mulheres nos Negócios’ e indico o livro da Rafa Brites também.

E claro, podem me chamar que vou adorar conversar sobre o assunto.

Um grande abraço,

Ma

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