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Desenvolvimento Psicossexual

Desenvolvimento Psicossexual

O Desenvolvimento Psicossexual, na verdade, é definido por Freud como estágios psicossexuais do desenvolvimento. O autor explica que a criança é motivada pelos impulsos do ID, e salienta que “todas as crianças passam pelos estágios oral, anal, fálico e genital, nos quais a gratificação dos instintos do ID depende da estimulação das áreas correspondentes do corpo.”. (SCHULTZ, Duane, Teorias da Personalidade; São Paulo, 2ºedição, Cengage Learrning Editora, 2011, P.54.), com base nesses estágios, a criança desenvolve sua personalidade e suas relações com o outro. No decorrer da idade escolar, esses estágios vão acontecer de forma que a mesma venha interagir com o meio, e assim vivenciando cada etapa escolar, lidando com suas satisfações e frustrações.

O desenvolvimento escolar dos estudantes da primeira série do ensino fundamental tem como fundamento a construção de uma sociedade produtiva e próspera, estando diretamente relacionada com o investimento realizado nos primeiros anos de vida da criança.
No período de zero a três anos, são estabelecidas as bases do desenvolvimento físico, intelectual e psicossocial de um indivíduo. Durante esse processo, algumas pessoas e instituições são de principal importância, posto que será oferecido as condições para que se torne um adulto capaz de conduzir com autonomia e prosperidade a sua vida, tais como: os familiares, as unidades de ensino, entre outros.

Como sabemos, o bebê é um ser inteiramente dependente e necessita de cuidados permanentes, por exemplo: alimentação, higiene, estímulos e afeto. Dado esse fato, as vivências emocionais iniciais são bastante ameaçadoras, já que não possui condições próprias de subsistência. Nesse ambiente cresce a atenção materna e paterna por meio da amamentação, dos cuidados alimentares, do acolhimento afetuoso em seus braços, da fala tranquilizadora e amorosa, e isso faz com que o bebê viva tal experiência de forma segura e aconchegante.
A aplicação dessas atividades de forma atenuante e sucessiva para as mais variadas situações que surgirem promoverá na criança desenvolvimento de habilidades pela experiência vivenciada, tornando-a um indivíduo seguro e capaz de lidar com a complexidade das futuras solicitações.

As boas vivências que a criança compartilha com seus familiares a partir de então vão moldando o seu desenvolvimento. Inicia-se, nesta fase, o aprendizado das regras de convivência: o que pode fazer e o que não pode fazer; o que é seu e o que é do outro; entender que tem a sua oportunidade para falar e o dever de respeitar quando outro o faz, e assim por diante. É um longo processo que parte das situações mais elementares para as mais complexas. No decorrer deste processo, a criança percebe a necessidade de cuidar e aprender a fazer as coisas por conta própria. Inicia-se a percepção de que seus desejos nem sempre serão atendidos; que muitas vezes terá de tolerar este fato e tal realidade; além de não conseguir o que pretende mesmo que esteja tentando por suas próprias iniciativas. Nestas oportunidades, a mesma estará lidando com seus sentimentos de frustração, inicialmente desagradáveis, entretanto muitas vezes úteis e de relevância para seu desenvolvimento emocional. Ela buscará e contará sempre com a disponibilidade de seus pais, para juntos facilitarem esta caminhada de crescimento emocional.

Contudo, quando este processo ocorre de modo inadequado pela negligência dos pais, a criança não consegue estruturar as melhores condições para lidar com as suas emoções. Dessa forma, ela poderá se tornar pouco habilidosa para administrar as adversidades naturais do cotidiano, desenvolvendo uma baixa tolerância à frustração, além de comportamentos desviantes e que irão prejudicá-la no seu desempenho como ser social. Tal item não favorecerá ajustes nos seus relacionamentos futuros e gerará sensíveis prejuízos no seu desempenho como pessoa.

É fundamental que os pais estejam esclarecidos da importância da sua participação no desenvolvimento dos seus filhos; que são eles que vão moldar este desenvolvimento e por isso precisam estar atentos e informados para agirem e orientarem da melhor maneira. Iniciativas como conversas dirigidas com seu pediatra, busca de informações sobre diversos temas relacionados à educação e com o cuidado dos filhos e até a troca de experiências com familiares e amigos são exemplos de atividades que vão nortear na criação de modo eficiente e eficaz. Criação esta que não é uma tarefa simples, pelo contrário, algumas circunstâncias que parecem elementares, muitas vezes trazem consigo condutas complexas com muitas dúvidas agregadas, resultantes do dinamismo que a tarefa exige e das constantes mudanças na sociedade em que vivemos que cada vez inova, renova e modifica paradigmas e princípios; surgindo, a cada faixa etária, novas situações que exigem incessantes ajustes.

Ainda assim, podemos dizer que, além de compreendermos os aspectos fundamentais de cada faixa etária, é necessário estar atento à demanda apresentada por cada criança e, com isso, poder ser ajustado no decorrer do crescimento e da aprendizagem da criança, buscando conhecer as características comuns de cada faixa etária, visto que, para educar, o professor precisa estar ciente de que o educando está sendo modificado a todo o momento, pois a partir do momento que a criança é atravessada por várias inter-relações do meio social no qual ela está inserida, ela passa a observar suas próprias conclusões e objetivos. Ressalta-se, desse modo, que o ambiente escolar tem como objetivo a inserção da criança na sociedade para que, assim, ela possa fazer suas próprias escolhas, as quais podem ser positivas ou não para seu crescimento.

É importante salientar que, neste momento, as relações entre pais e filhos passam a ficar em segundo plano, pois a instituição educadora fornece subsídios para a formação e maturação do pensamento e do caráter enquanto ser social, podemos, então, dizer que o desenvolvimento infantil inicia-se como uma espécie de adaptação à realidade que cerca a criança, pois o incentivo dos pais e o desejo de aprender ajudam a formular respostas e questionamentos.
Entretanto, devemos considerar que o desenvolvimento da criança se dá de acordo com a relação existente entre as possibilidades biológicas e mentais que a mesma possui, ou seja, normas familiares, sociais e culturais, para que, assim, ela possa vivenciar cada etapa do seu crescimento, de forma a conciliar seus desejos e impulsos. Segundo Freud, o desenvolvimento infantil começa a partir dos estreitamentos das inter-relações do afetivo e do intelectual, tais apontamentos descrevem de maneira significativa a cronologia do desenvolvimento desde o início.

Considerando que cada fase irá desencadear sucessivos questionamentos, posto que nenhuma fase é pura, ela sustenta a zona de prazer baseando-se na escolha do objeto de desejo.

A psicanálise pretende colaborar com o desencadeamento da construção infantil. Para Freud, o afeto está pautado na subjetividade, utilizando-se de perspectivas e experiências que a criança vai adquirindo no seu dia a dia. Diante deste fato, cabe à criança passar a centrar-se em atividades pedagógicas e aprendizagens intelectuais, a saber: jogos, escola e amizades que fortaleceram a identidade sexual de ambos. Sabendo que o indivíduo começa a ter como novos referenciais de identidade, cabe aos pais e aos professores orientarem a criança de forma que a mesma possa ser conduzida a superar e a trabalhar seus próprios pré-conceitos.

 

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