Segundo o relatório da Organização Mundial da Saúde-OMS- (2018), a depressão é um fenômeno que está em ascensão no mundo, sendo a principal causa de adoecimento na adolescência. Ainda mais, em seu estado mais grave, o jovem pode cometer suicídio.
O suicídio é considerado a primeira maior causa de mortalidade entre jovens de 15-19 anos, sendo que no Brasil é apontado como terceiro fator de morte; os antecessores a esse fator são: violência interpessoal e acidentes de trânsitos.
Para melhor entendermos estes dados, se faz necessário compreender o que é adolescência.
Adolescência é considerada por alguns psicanalistas, como por exemplo Nasio (2011), algo singular e subjetivo em que tudo é contraste e contradição, é um ser conturbado, dotado de um eu imaturo.
Diante das turbulências de transformações e exigências do familiar/social, o adolescente tende a ter uma desorganização psíquica, pois é uma transição da saída do mundo infantil para um mundo adulto, mas não totalmente uma saída nem entrada, é como se ficasse no meio entre esses dois mundos.
É durante esse período, mas especificamente, entre os 14 anos, que aparecem os primeiros sintomas de transtornos (OMS, 2018). Por isso, devemos ter uma olhar mais cuidadoso aos tipos de comportamentos e/ou sintomas que o adolescente apresenta, e não apenas ficar no achismo que é uma fase ou que faz parte da adolescência.
Por fim, o jovem ao estar no processo de transição, reorganização –psíquica, física e social- se torna um sujeito propício ao desenvolvimento da depressão, mas isso dependerá de sua constituição psíquica, familiar, social, percepção e formas de enfrentamento aos eventos internos e externos.
Carine Santos
Psicóloga Clínica e de Orientação Profissional e de Carreira – CRP 03|18447
E-mail: carinesantospsi@gmail.com
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