Decepção

Decepção

Mario Sergio Cortella e um de seus excelentes textos sobre “Decepção”.

Talvez a frase mais simbólica sobre decepção na história do Ocidente tenha sido aquela atribuída a Júlio césar, quando, no dia 15 de março do ano de 44 a.C., ele foi assassinado nas dependências do Senado,  numa trama política, e viu entre os assassinos seu enteado, Brutus, a quem chamava de filho.

“Até tu, Brutus?” é a expressão de uma decepção. Quase como “Puxa, mas até você? De quem eu menos esperaria isso”, diria não só Júlio César, mas qualquer pessoa em várias situações, “até você foi capaz de fazer isso?”

A decepção é um sentimento extremamente ruim. Quando nos decepcionamos, com alguém, com uma ideia, com uma crença, com um olitico ou com uma religião, isso nos entristece.

A decepção sempre é triste, não necessariamente nos marca no campo da raiva. Decepcionar-se com o aluno, com o filho, com o professor, com o chefe, é algo que nos entristece, porque quase que se diria: “eu não esperava isso”, “esperava de muita gente, mas de você, não”;

Por isso, o “até tu, Brutus?” é um símbolo.

 

Mario Sergio Cortella

 

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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.

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