Decepção – “O cervo e o seu reflexo”
Autoria:Aline de Alencar Rosa
O cervo e o seu reflexo pertence à Esopo que foi um grande fabulista que contribuiu para a humanidade escrevendo textos de fácil compreensão, mas com significados profundos, hoje abordaremos o tema decepção: leiam a fábula abaixo:
“No final da tarde, quando o sol estava prestes a ir embora, um lindo cervo, muito veloz, corria pelas montanhas com os seus amigos, quando sentiu sede.
— Estou com muita sede! – disse aos amigos.
—Também, pelo tanto que você correu deve estar mesmo! – falou o outro cervo.
— Vou procurar água para beber! Nos vemos depois.
— Certo. Mas tenha cuidado! – os amigos falaram ao cervo, que já se afastava.
Muito cansado, após ter andado bastante pelas campinas, finalmente encontrou um lago. Parou ali mesmo, feliz por ter encontrado um pouco de água para beber.
Aproximou-se do lago e viu a si mesmo refletido na água cristalina. Ficou admirado com a sua beleza e com o quanto havia crescido.
Realmente, o cervo possuía uma beleza admirável! Era forte, veloz, seus pelos eram marrons, mesclados com tons mais claros, que o diferenciava dos outros. Possuía também lindos chifres em formas de arcos, que eram o seu maior orgulho.
— Uauuuu! Como cresci! Fui agraciado com lindos chifres. Os mais belos de todos! – o cervo falou, enquanto admirava seu reflexo nas águas.
— Ah! Por outro lado, estou decepcionado por ter essas pernas tão magrinhas… – disse o cervo envergonhado enquanto ainda observava suas pernas miúdas.
Ele saciava a sede, quando ouviu um ruído vindo do fundo das campinas e assustou-se! Logo sentiu o cheiro da onça que se aproximava e saltava dentre as folhas e avançava em sua direção.
Imediatamente começou a correr. Estava desesperado, sabia que corria muito perigo. Pegou vários atalhos para que pudesse se livrar da onça, que teimava em segui-lo.
Apesar de ser mais rápido que a onça e conseguir abrir certa distância dela, em um momento de descuido, o cervo não viu uma árvore repleta de galhos que estava bem à sua frente. Para piorar a situação, seus belos chifres se enroscaram nos galhos emaranhados da árvore, impedindo-o de fugir.
A onça o alcançou com facilidade e, assim que estava próxima o suficiente, mordeu a sua coxa.
O cervo, que não havia desistido, começou a se debater. Após fazer muita força, suas pernas, das quais tanto havia se envergonhado, foram capazes de ajudá-lo a se libertar dos galhos e da mordida da onça. Livre, ele aplicou um forte coice na onça que, zonza com a pancada, acabou fugindo.
— Ufa! Essa foi por pouco! – falou o cervo aliviado, assim que se viu longe do perigo.
No fim, os seus belos chifres colocaram em risco sua própria vida, enquanto suas pernas finas, o salvaram do grande perigo!
Decepção -o que é que as pessoas visitam as pessoas com tanta freqüência e se expressam em poucas palavras – estou decepcionado? Freqüentemente, há frustração em si mesmo, nos outros, na vida e nas situações em que nos encontramos, e isso cria muito sofrimento que não é realmente necessário
No texto podemos perceber a decepção do cervo por algo simples, e como o animal da fábula as pessoas também se decepcionam por inúmeros motivos.
O desapontamento surge quando há um conflito entre o visível e o invisível, entre o subconsciente e a consciência, entre a realidade ilusória e visível, entre a verdade e o falso, entre a mente e o coração, entre o Eu Superior e o Eu Inferior (ego). Algumas pessoas adoram experimentar o mundo por meio da frustração e o experimentam em todos os lugares que o encontram. É uma experiência aprendida, mas cria um forte bloqueio energético que traz repetidamente experiências frustrantes semelhantes à vida em diferentes níveis.
Então, o que ainda leva à frustração? Por exemplo, uma situação em que uma pessoa está procurando por si mesma “algo” que ela não conhece, mas que ela acha que deveria “ser algo especial”. E se o resultado não atender às expectativas que muitas vezes acontecem, o resultado é uma grande decepção. Para cada frustração, valeria a pena se perguntar: como trouxe essa situação para minha vida? Eu me tornei menor do que realmente sou, que desci a um nível que pensei ter cruzado anos atrás? O que eu menti para mim mesma sobre isso? Eu construí um castelo aéreo? Que falsa realidade eu criei para mim com meus pensamentos?
Às vezes somos tomados como vítimas da frustração (decepção consigo mesmo), às vezes somos procurados de fora (frustração com outras pessoas e situações externas). Para evitar decepções, é importante abandonar o padrão de pensamento que cria expectativas para você. Ele está relacionado ao chamado. com a necessidade de pensar no futuro, de se preocupar, de se proteger, assim como com os medos internos. Deixe tudo ir.
Se você disser a si mesmo que nunca pode imaginar o que realmente vai acontecer ou que é o resultado final, e se permitir estar no momento presente – você será parte dele exatamente como ele é. Especial e perfeito, assim como você.
Esteja sempre curioso e aberto para aceitar o que está LIGADO. Concentre-se no que você pode experimentar, aprender, ver, sentir, perceber nessa situação, nessas condições. A solução é viver sempre o momento. Nunca espere nada de ninguém. Se não houver expectativas, não há decepção. Só então cada momento e situação pode se tornar um presente separado para você. Tudo é muito melhor do que você pensa.O cervo tinha expectativa com seus belos chifres mas foram suas magricelas pernas que o salvaram .
Pensem nisto.
Blessed be
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