A entrada na universidade é um período de mudanças significativas. Além da autonomia e liberdade conquistadas nesse período, surgem também as responsabilidades da idade adulta que, juntamente às cobranças acadêmicas, transformam a realidade do universitário.
Tais condições podem tornar o indivíduo mais suscetível aos transtornos mentais, como vem apontando diversos estudos realizados em universidades brasileiras, que também evidenciam a interferência de outros fatores, como a competitividade da vida acadêmica, a solidão e o distanciamento da família.
Situações como essas contribuem para o desenvolvimento de uma série de distúrbios, que em casos extremos podem levar ao suicídio. Em um estudo realizado por uma universidade privada de São Luís-MA, constatou-se uma realidade alarmante: 39, 5% dos estudantes entrevistados desejaram estar mortos; 29,3% desejaram se matar e 12,4% pensaram em como praticar o suicídio.
Essas pesquisas alertam para a necessidade de se debater mais fortemente o tema no meio acadêmico, bem como fornecer material e apoio psicológico nas universidades brasileiras.