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Compaixão

compaixão

Mario Sergio Cortella e um de seus excelentes textos sobre “Compaixão”.

Com constância se imagina que compaixão é apenas se condoer, no sentido de ter pena. A ideia de compaixão pode ser também a de sofrer com a outra pessoa. A concepção de paixão é aquilo que te afeta, aquilo que te atinge, aquilo que te alcança.

Desse ponto de vista, compaixão é a capacidade de sofrer com a outra pessoa, não é sofrer pela outra pessoa. Por exemplo, ao encontrar uma situação em que há um desamparo, uma carência, uma dor, um sofrimento muito grande, a capacidade compassiva é não imaginar que a outra pessoa é um estranho, mas olhá-la como se fosse um outro.

Há situações na vida que movem a nossa compaixão, ao termos notícia delas, nos afetam e isso é uma coisa boa. Porque se deixarmos de ter compaixão, se deixarmos de olhar a outra pessoa que sofre como alguém com que temos conexão, isso ameaça a nossa capacidade de falar em humanidade.

Parte do humanismo, não apenas na concepção filosófica, mas na proteção da vida humana coletiva, está apoiada na percepção de compaixão.

Reitero, não é ter dó de alguém. É sentir, perceber e ser solidário com o sofrimento que a outra pessoa tem, como se fosse também contigo.

 

Mario Sergio Cortella

 

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Mario Sergio Cortella é um filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário brasileiro mais conhecido por divulgar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea.

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